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Greenvolt lança empresa de comunidades de energia partilhada

A Energia Unida é uma empresa da Greenvolt, focada em comunidades de energia, e que foi apresentada na manhã desta terça-feira.

João Manso Neto, CEO da Greenvolt, e José Almeida, CEO da Energia Unida. Duarte Roriz
05 de Abril de 2022 às 10:08
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A Greenvolt anunciou esta terça-feira a sua mais recente aposta: a Energia Unida, uma empresa de comunidades de energia partilhada. "O objetivo é criar e gerir comunidades em que famílias e empresas partilham energia, como forma de acelerar a transição de energia", explicou em conferência de imprensa o CEO, José Almeida.

A nova empresa quer instalar painéis solares em edifícios e aproveitar a energia produzida para autoconsumo dos membros de cada comunidade, vendendo o remanescente. O responsável afirmou que a adesão é "chave na mão", não representando qualquer custo para quem quiser aderir.

A primeira comunidade será criada com a instalação de painéis nos telhados da Greenvolt, em Lisboa, no edifício onde também estará sediada a Energia Unida e onde estão outras empresas, como a Cofina. Todas estas entidades farão parte da comunidade fundadora, que incluirá ainda, como membro, o vizinho hotel Upon Lisbon. 

José Almeida indica que este primeiro projeto implica 298,4 kW a serem instalados no telhado, permitindo uma poupança de 1.163.209 euros em 25 anos. Na calha, estão mais comunidades de energia espalhadas pelo país, duas delas a serem anunciadas ainda esta terça-feira.

Cada comunidade implicará uma instalação de 500 kW, em média, representando um investimento de 450 mil euros. No total, este ano, a Energia Unida estima investir sete milhões de euros.

"Faz parte integrante da matriz da aposta em energias renováveis, a sustentabilidade ambiental e financeira. A guerra na Ucrânia veio acentuar ainda mais tendência introduzindo um terceiro fator, o da segurança energética", indicou João Manso Neto, CEO da Greenvolt.

O responsável acredita que as renováveis tradicionais sozinhas não são resposta para a transição energética. "O grande desafio não é 2050, o grande desafio é 2025. Precisamos de mais e mais depressa. E mais depressa significa rentabilizar os espaços que já existem, como os telhados, e apostar em descentralizar", sublinhou o responsável.

João Manso Neto estima que a nova empresa já tenha resultados positivos no próximo ano e que, em 2025, venha a representar entre 5% e 10% do EBITDA da Greenvolt.

(Notícia atualizada às 11h18)
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