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Portugal em mega projeto de hidrogénio de 5,4 mil milhões aprovado por Bruxelas

Bruxelas aprovou o IPCEI Hy2Tech que envolve 15 Estados-membros, entre eles Portugal, que estará presente na tecnologia de produção de hidrogénio e de "fuel cells" (pilhas de combustível), com a empresa 1s1Energy. 

O hidrogénio verde tem merecido o forte interesse por parte dos investidores.
Reuters
15 de Julho de 2022 às 14:11
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A Comissão Europeia anunciou esta sexta-feira que aprovou, ao abrigo das regras da União Europeia em matéria de auxílios estatais, 5,4 mil milhões de euros de financiamento público para o Projeto Importante de Interesse Comum (IPCEI) Hy2Tech, que envolve 15 Estados-membros, entre eles Portugal, que estará presente nas tecnologias de produção de hidrogénio e de "fuel cells" (pilhas de combustível), com a PME 1s1Energy.

O Ministério do Ambiente e da Ação Climática tinha já revelado a candidatura de Portugal ao estatuto de Projeto Importante de Interesse Europeu Comum (IPCEI) no Hidrogénio, junto da Comissão Europeia, com três projetos de produção de hidrogénio verde: da Bondalti, da Fusion Fuel e da 1s1Energy. Estas foram as empresas selecionadas para integrar com os seus projetos primeira ronda IPCEI (Indústria e Tecnologia), "seguindo as orientações da coordenação alemã". Uma vez atribuído este estatuto por parte de Bruxelas, os projetos eleitos são considerados como prioritários e têm mais facilidade na obtenção de fundos comunitários significativos. 

Da lista do IPCEI Hy2Tech, agora aprovado, fazem parte a Áustria, Bélgica, República Checa, Dinamarca, Estónia, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Itália, Holanda, Polónia, Eslováquia e Espanha. E também grandes empresas como a Orsted, a Nordex, Enel, Daimler Truck, Bosh, Alstrom, Iveco, Faurecia, entre muitas outras. 

De acordo com o comunicado de Bruxelas, estes 15 países entrarão com 5,4 mil milhões de euros em financiamento público, o que deverá desbloquear mais 8,8 mil milhões de euros adicionais em investimentos privados.

O IPCEI envolverá 41 projetos de 35 empresas, incluindo oito pequenas e médias empresas e empresas em fase de arranque, com atividades num ou mais Estados-Membros. Os participantes diretos cooperarão entre si e com mais de 300 parceiros externos, como universidades, organismos de investigação e PME em toda a Europa.É esperado que o projeto crie 20.000 postos de trabalho diretos. 



A "luz verde" de Bruxelas prende-se com o facto de os projetos contribuirem todos para um "objetivo comum" e serem "altamente ambiciosos".

"O hidrogénio tem um enorme potencial futuro. O investimento em tecnologias inovadoras pode ser arriscado para um Estado-membro ou para uma única empresa. É aqui que as regras em matéria de auxílios estatais para os IPCEI têm um papel a desempenhar. O projeto hoje apresentado é um exemplo de uma cooperação europeia verdadeiramente ambiciosa para um objetivo comum fundamental", disse a vice-presidente executiva Margrethe Vestager, responsável pela Concorrência

O projeto Hy2Tech cobrirá grande parte da cadeia de valor da tecnologia do hidrogénio, incluindo a produção, "fuel cells" (ou pilhas de combustível), armazenamento, transporte e distribuição de hidrogénio, e ainda as aplicações para utilizadores finais, em particular no setor da mobilidade.

Ao aprovar este IPCEI, Bruxelas espera que o mesmo possa "contribuir para a desenvolvimento de importantes avanços tecnológicos" e salienta que a aprovação deste projeto "faz parte dos mais amplos esforços da Comissão para apoiar o desenvolvimento de uma indústria europeia do hidrogénio inovadora e sustentável", particularmente importante agora face aos objetivos de descarbonização e de autonomia energética da UE.

"Com este IPCEI, assistimos a uma evolução da produção de hidrogénio da UE do laboratório até à indústria. Não estamos apenas a apoiar o hidrogénio através de financiamento. Estamos a desenvolver regras à escala da UE para viabilizar o mercado do hidrogénio e criar infraestruturas específicas. Porque sabemos o que está em jogo: a posição da Europa enquanto região líder na transformação industrial do hidrogénio", rematou o comissário do Mercado Interno, Thierry Breton,
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