A Frulact, líder ibérico e quarto maior produtor europeu de preparados de fruta para a indústria alimentar, vai reforçar a sua internacionalização industrial com a abertura de uma fábrica nos Estados Unidos. A construção de raiz das instalações fabris, que terão 19 mil metros quadrados de área coberta, deverá arrancar ainda este ano, na cidade de Rupert, no estado norte--americano de Idaho. O projecto prevê a criação de uma centena de postos de trabalho e tem inauguração marcada para o final do próximo ano.

João Miranda, presidente da Frulact, mostrou-se "muito entusiasmado com a abordagem ao mercado norte-americano e muito em particular pelo facto da futura unidade se vir a localizar em Rupert", depois de o grupo ter também estudado outras localizações nos estados de Utah, Wyoming e Nevada.

Isto porque, entre outras razões, explicou Miranda, Rupert ter "disponibilizado todos os meios para garantir que a Frulact possa começar imediatamente com a construção da sua fábrica, a fim de alcançar os seus objectivos". Mais: "A cidade de Rupert tem uma localização geoestratégica" para a Frulact, "por via da sua localização central e de proximidade a um dos principais corredores da linha férrea", frisou. Apesar da insistência do Negócios, não foi possível saber em tempo útil o valor do investimento nem a previsão de vendas da futura plataforma industrial da empresa.

Já Michael Brown, "mayor" da cidade de Rupert, afirmou que "este projecto gerará um impacto histórico para os cidadãos de Rupert", considerando que "as instalações da Frulact vão impactar, nos próximos anos, esta comunidade nas mais diversas e positivas variantes".

Sediada na Maia, a Frulact tem várias fábricas em Portugal, França, Marrocos e África do Sul, e fechou o último exercício com uma facturação de 89,8 milhões de euros, tendo as plataformas industriais portuguesas representado mais de metade do total. As exportações geraram 93% das vendas, que este ano deverão rondar os 105 milhões de euros.

A Frulact serve directamente os maiores clientes e marcas mundiais do sector, especialmente das indústrias de produtos lácteos, gelados, bebidas e pastelaria industrial. Fornece multinacionais como a Nestlé, Danone, Unilever, Clesa, Lactalis e empresas mais regionais (países), como a Lactogal em Portugal ou a Leche Pascual em Espanha.

Fundado em 1987, este grupo familiar emprega cerca de 500 pessoas, fechou o último exercício com resultados líquidos de 3,7 milhões de euros e prevê chegar aos 6,7 milhões de euros este ano.