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Santa Casa admite disponibilizar 300 casas para renda acessível
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa está em conversações com a Câmara Municipal de Lisboa para integrar o projecto das rendas acessíveis. A entidade ganhou 7 milhões em rendas no ano passado.
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa admite vir a disponibilizar 300 habitações à luz das regras de renda acessível, organizadas pelo município da capital.
"A Santa Casa tem vindo a discutir com a Câmara Municipal de Lisboa no sentido de integrar o projecto de renda acessível", revelou Edmundo Martinho na conferência de imprensa de apresentação de resultados de 2017.
Segundo explicou o provedor, "estão a ser já reformulados" projectos da Misericórdia para "acomodar soluções de disponibilidade de apartamentos".
O objectivo é "disponibilizar cerca de 300 fracções para este programa de renda acessível, em conjunto com a Câmara", revelou Edmundo Martinho, explicando que grande parte do património é "muito disperso", com "fracções isoladas".
"A Santa Casa não pode deixar de se associar a preocupação, que é do país e sobretudo da cidade, de disponibilizar habitação em condições de renda acessível, aos jovens", opinou Edmundo Martinho.
De qualquer forma, nem todo o património pode ser disponibilizado para estes fins, tendo em conta que esta é também uma forma de financiamento das suas actividades.
As propriedades de investimento da Misericórdia – sobretudo prédios urbanos, mas também rurais – estavam avaliadas em 322 milhões de euros no final do ano passado, um crescimento homólogo de 9%, que se deve à avaliação da carteira à luz de preços de mercado (justo valor).
No ano passado, a Santa Casa obteve rendimentos de 7 milhões com rendas, acima dos 6,4 milhões de 2016.