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Santa Casa espera por Governo para decidir entrada no Montepio
Edmundo Martinho declarou que aguarda que o Governo decida se quer definir a política de investimentos da Santa Casa, como recomendou o Executivo. De qualquer forma, o provedor insiste que o negócio com o Montepio faz sentido.
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa decidiu esperar pelo Governo para saber se o investimento na Caixa Económica Montepio Geral pode avançar.
"Do nosso ponto de vista, estão reunidas as condições para que possamos tranquilamente aguardar pela definição, se for esse o entendimento do Governo, daqueles que serão os caminhos de investimento da Santa Casa", disse o provedor da instituição esta sexta-feira, 11 de Maio.
Em 2017, explicou Edmundo Martinho, houve o estudo e o aprofundamento dos elementos para concretizar o momento de entendimento assinado com a associação mutualista do Montepio para o investimento na caixa económica.
"Neste momento, a situação alterou-se", afirmou o provedor na conferência de imprensa de apresentação de contas do ano passado.
"Foi aprovada, recentemente, no Parlamento, uma recomendação ao Governo, e aprovada por unanimidade, que não é muito frequente, no sentido de vir a ser regulado o quadro de investimentos financeiros da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa daquilo que pode ser a composição [da carteira de activos financeiros]", comentou Edmundo Martinho.
Apesar disso, a Santa Casa continua a considerar que o negócio faz sentido, nomeadamente pela presença de entidades da economia social numa instituição financeira, de cariz social. "Essa convicção mantém-se, nesta altura num quadro diferente", concretizou.
O Ministério da Solidariedade e Segurança Social, com tutela sobre a Santa Casa, não tem respondido às questões do Negócios, para além da indicação de que iria analisar as recomendações do Parlamento, que visavam travar a entrada da Santa Casa no Montepio mas também a definição de quais os investimentos que a entidade poderá fazer.