Em meados da primeira década deste século, a Aldeia de Pedralva, um pequeno lugar abandonado do concelho de Vila do Bispo, foi transformada num projeto turístico corporizado pela recuperação de 50 casas em avançado estado de ruína, onde ainda hoje não existe televisão e os hóspedes continuam a apreciar uma estadia longe dos telemóveis.

Cerca de 17 anos depois, António Ferreira, o empresário que idealizou e reconstruiu a Aldeia de Pedralva lidera um conjunto de investidores que está a desenvolver um projeto imobiliário na Aldeia da Carrapateira, constituído por 36 casas, num investimento estimado em 10 milhões de euros .

"Construídas de modo sustentável, de baixa densidade e em respeito pela paisagem natural e arquitetónica", realça a Athena Advisers, que está a comercializar o projeto na Aldeia da Carrapateira, localizada entre Sagres e Aljezur, em pleno Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.

Para já, estão em construção as primeiras oito casas do projeto, de tipologia T1 e áreas que vão dos 35 aos 50 metros quadrados, com os preços a oscilarem entre 364 mil e 440 mil euros.

"Patio é o nome deste projeto que deverá estar pronto até final do ano num dos destinos de natureza mais procurados pelos amantes do surf, ciclismo e caminhadas em território nacional", enfatiza a Athena Advisers.

"Com uma arquitetura em harmonia com as típicas construções algarvias de inspiração árabe, onde prevalecem os tons brancos das fachadas para uma completa inserção na paisagem, os telhados inclinados e um arco de estilo mourisco com azulejos azuis", em cada casa haverá um pátio privado virado a poente e um terraço com piscina de imersão aquecida, "além de grandes janelas envidraçadas em todas as divisões, que oferecem vistas desafogadas sobre o Atlântico e a Aldeia da Carrapateira", afiança a mesma consultora imobiliária.

"A pensar nos trabalhadores remotos e nómadas digitais, está a ser criado um espaço de ‘coworking’, ao passo que os surfistas e ciclistas vão apreciar a arrecadação e o estacionamento subterrâneo com pontos de carregamento elétrico", sinaliza.

O projeto de arquitetura é assinado pela RMS Arquitetos.

"A ideia por trás dos projetos da Carrapateira é criar um produto para um ‘target’ cada vez mais sofisticado, como o mercado alemão ou americano, que procura casas de férias na Costa Vicentina, e para já não encontra com facilidade. Vamos, por isso, construir os nossos projetos, ao mesmo tempo que vamos trazer para a nossa plataforma de alugueres casas especiais que já existam na região. Queremos, com isto, ter a melhor coleção de casas da Costa Vicentina", remata António Ferreira.

Neste planeamento estão previstos quatro tipos de produto – Pátios, Cabanas, Tahuna e Wadi – "projetos de escala reduzida e cuja lógica é serem um espelho da cultura do destino. O projeto Cabanas é um tributo aos pescadores da Carrapateira, através de uma arquitetura interior em cimento aparente, o projeto Patio vai buscar as memórias da vida da aldeia, até ao Wadi e Tahuna que vão buscar as influências árabes, bastante presentes na região.", explica o promotor.

Para David Moura-George, diretor-geral da Athena Advisers Portugal, "num destino cada vez mais procurado e onde as taxas de ocupação podem variar entre 50% e 75% graças à quebra de sazonalidade conseguida pelos mercados de ciclismo, caminhadas e observação de aves fora do período de verão", investir nestes apartamentos "significa ainda ter um retorno financeiro garantido na exploração turística, com rendimentos líquidos que podem ultrapassar os 4%", garante.

"Estes valores são ainda potenciados pela possibilidade de os proprietários usufruírem de uma gestão profissional das suas casas que se ocupa do marketing, dos arrendamentos e da manutenção dos imóveis", acrescenta David Moura-George.