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Casas em Lisboa e Porto estão mais caras do que em Madrid

Preço médio do metro quadrado na capital portuguesa já ultrapassou os 5.600 euros, enquanto que na capital espanhola não vai além dos 3.500 euros. Funchal também já iguala Madrid, segundo dados do Idealista citados pelo El Economista.

As duas maiores cidades do país têm o metro quadrado mais caro do que na capital espanhola. Rendas seguem a mesma tendência. Nuno Fonseca
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O preço médio pedido pelo metro quadrado em território nacional, no passado mês de julho, ultrapassou em mais de 500 euros aquele que se registou no país vizinho, de acordo com dados do portal imobiliário Idealista citados pelo El Economista. Em Portugal, o metro quadrado atingiu, em média, 2.654 euros, enquanto em Espanha se fixou nos 2.153 euros por metro quadrado.

Nas capitais dos dois países a história repete-se. O preço médio pedido por metro quadrado em Lisboa é 62% mais caro do que na capital espanhola – em Madrid rondou os 3.500 euros, enquanto em Lisboa já ultrapassou os 5.600 euros.

Também no Porto o metro quadrado é mais elevado do que em Madrid – a Invicta excedeu os 3.560 euros pedidos por metro quadrado –, enquanto no Funchal igualou o preço médio praticado na capital espanhola.

Embora a situação entre os dois países seja semelhante, pouco se fala do facto de a pressão imobiliária portuguesa ser mais elevada do que a espanhola – sendo de notar que o salário mínimo espanhol ultrapassa em mais de quatro mil euros por ano o português, destaca o El Economista. Em Portugal, o salário mínimo nacional está fixado em 820 euros mensais. Em Espanha, a retribuição mínima mensal ascende a 1.134 euros mensais brutos.

Apesar de ambos os países terem adotado medidas com o objetivo de mitigar a subida dos preços da habitação, a situação continua a preocupar. Ainda assim, nem Espanha nem Portugal estão à espera de que esta tendência de subida de preços resulte numa bolha imobiliária – que poderia levar a uma recessão económica semelhante à de 2008.

Apesar disso, o risco mantém-se, como reconheceu ao El Economista o ex-ministro da Economia e atual coordenador do Observatório de Políticas Económicas e Financeiras da Sedes, Carlos Tavares, uma vez que “os preços das casas estavam, no final de 2022, cerca de 75% acima do ‘pico’ observado quando a crise financeira eclodiu em 2007/2008”.

Esta subida foi “largamente suportada pelos efeitos da política monetária e da oferta de crédito, uma característica típica das bolhas”, sublinhou ainda o ex-ministro num estudo sobre a habitação publicado pelo Observatório da Sedes em 2023.

O El Economista assinala igualmente as elevadas rendas no mercado português. O jornal refere que em Espanha a renda média para uma casa de 70 metros quadrados situa-se ligeiramente acima dos mil euros. Em Lisboa, por exemplo, o preço médio do metro quadrado é de 21,5 euros, o que coloca uma renda para uma casa com 70 metros quadrados acima dos 1.400 euros.

 

Imóveis são mais caros em Espanha, apesar de o salário mínimo ser mais baixo.
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