Notícia
Só falta "ok final" do Governo para lançar primeiro leilão de hidrogénio
Há mais de um mês, na conferência da Associação Portuguesa de Energia, a secretária de Estado da Energia, Ana Fontoura Gouveia, disse que este leilão seria lançado "nas próximas semanas".
O diretor geral da Direção-geral de Energia e Geologia (DGEG), Jerónimo Cunha, garantiu esta terça-feira que só falta mesmo o "ok final do Governo" para poder ser lançado o primeiro leilão de gases renováveis - hidrogénio verde e biometano - em Portugal. "A transição energética no país representa investimentos na ordem dos 76 mil milhões de euros. Não é um custo, é um oportunidade", disse.
De acordo com o responsável, a DGEG já tem totalmente operacional a plataforma digital que permite que este leilão aconteça, avançou no encerramento da conferência da Eurogas, que decorreu esta manhã em Lisboa e ficou marcada por mais um "ataque" com tinta aos intervenientes, por parte de jovens ativistas climáticos.
Esta intervenção de Jerónimo Cunha foi a primeira em público desde que a DGEG foi alvo de buscas, no início deste mês, e durante dois dias, no âmbito da Operação Influencer, que está a investigar os negócios do lítio e hidrogénio em Portugal. O responsável da DGEG disse também que já integraram os quadros da entidade 120 novos trabalhadores, devendo mais 100 entrar durante a primeira metade de 2024, ano em que serão também reforçados os serviços tecnológicos da DGEG e criada uma nova Unidade de Energia Renovável.
Há mais de um mês, na conferência da Associação Portuguesa de Energia, a secretária de Estado da Energia, Ana Fontoura Gouveia, disse que este leilão seria lançado "nas próximas semanas". "O leilão para hidrogénio e biometano será lançado nas próximas semanas. Estamos a tratar das questões dos auxílios de Estado com a Comissão Europeia", prometeu a governante, sem que o mesmo tenha arrancado até ao momento.
A consulta pública para a realização deste primeiro leilão destinado à compra centralizada de biometano e hidrogénio renovável, para injeção na rede nacional de gás, decorreu em julho de 2023. De acordo com o Governo, este leilão assegurará a "primeira resposta de consumo aos produtores de biometano e hidrogénio renovável, incentivando, assim, os investimentos para a execução dos respetivos projetos".
De acordo com a revisão do Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC 2030), as ambições de Portugal para o hidrogénio verde saíram reforçadas, com um aumento considerável da capacidade a instalar de 2,5 GW para 5,5 GW (mais do dobro) até ao final da década.
"Foram estabelecidas novas metas para a indústria do hidrogénio renovável em Portugal, alinhadas com a ambição dos projetos de investimento em desenvolvimento no nosso país. Pretende-se criar condições para a instalação de 5,5 GW de eletrolisadores até 2030, mais do que duplicando o inicialmente previsto na Estratégia Nacional para o Hidrogénio. Pretende-se também impulsionar a produção do biometano em Portugal, através da elaboração e concretização do Plano de Ação para o Biometano", disse o MAAC.
A tutela refere ainda que "o leilão de compra centralizada de biometano e hidrogénio renovável é um marco significativo no desenvolvimento da indústria verde do país, por força do papel fundamental que os gases renováveis vão assumir na descarbonização, impulsionando a transição energética sustentável para uma economia de baixo carbono".
No final do ano passado (naquela que foi a última portaria assinada por João Galamba enquanto secretário de Estado da Energia), tinha já sido avançado, depois do aval da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), que este primeiro leilão de hidrogénio e biometano teria lugar no segundo semestre de 2023.
Para licitação estarão 150 GWh/ano de biometano e 120 GWh/ano de hidrogénio verde a concurso, em contratos de 10 anos e a um preço máximo de 62 euros por MWh para o biometano e de 127 euros por MWh para o hidrogénio (válido durante todo o contrato). Estas quantidades podem ser divididas em lotes, em função da capacidade da rede nacional de gás.
O objetivo é criar um mecanismo de apoio à produção de gases de origem renovável ou de gases de baixo teor de carbono, com vista a "alcançar a paridade de custo" entre o biometano e o hidrogénio e e o gás natural.
Para isso, o comercializador de último recurso (CUR) no setor do gás terá como missão comprar estes novos gases descarbonizados aos produtores, por forma a garantir as quotas mínimas de incorporação na rede nacional, sendo depois compensado pelo Fundo Ambiental.
Na prática, as compras e vendas de gases renováveis vão acontecer através de um procedimento concorrencial de leilão eletrónico.
Também os comercializadores de gás, cujo fornecimento a clientes finais seja superior a 2000 GWh por ano, serão obrigados a incorporar, em volume de gás natural fornecido, uma percentagem superior 1% de biometano ou hidrogénio verde.
De acordo com o responsável, a DGEG já tem totalmente operacional a plataforma digital que permite que este leilão aconteça, avançou no encerramento da conferência da Eurogas, que decorreu esta manhã em Lisboa e ficou marcada por mais um "ataque" com tinta aos intervenientes, por parte de jovens ativistas climáticos.
Há mais de um mês, na conferência da Associação Portuguesa de Energia, a secretária de Estado da Energia, Ana Fontoura Gouveia, disse que este leilão seria lançado "nas próximas semanas". "O leilão para hidrogénio e biometano será lançado nas próximas semanas. Estamos a tratar das questões dos auxílios de Estado com a Comissão Europeia", prometeu a governante, sem que o mesmo tenha arrancado até ao momento.
A consulta pública para a realização deste primeiro leilão destinado à compra centralizada de biometano e hidrogénio renovável, para injeção na rede nacional de gás, decorreu em julho de 2023. De acordo com o Governo, este leilão assegurará a "primeira resposta de consumo aos produtores de biometano e hidrogénio renovável, incentivando, assim, os investimentos para a execução dos respetivos projetos".
De acordo com a revisão do Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC 2030), as ambições de Portugal para o hidrogénio verde saíram reforçadas, com um aumento considerável da capacidade a instalar de 2,5 GW para 5,5 GW (mais do dobro) até ao final da década.
"Foram estabelecidas novas metas para a indústria do hidrogénio renovável em Portugal, alinhadas com a ambição dos projetos de investimento em desenvolvimento no nosso país. Pretende-se criar condições para a instalação de 5,5 GW de eletrolisadores até 2030, mais do que duplicando o inicialmente previsto na Estratégia Nacional para o Hidrogénio. Pretende-se também impulsionar a produção do biometano em Portugal, através da elaboração e concretização do Plano de Ação para o Biometano", disse o MAAC.
A tutela refere ainda que "o leilão de compra centralizada de biometano e hidrogénio renovável é um marco significativo no desenvolvimento da indústria verde do país, por força do papel fundamental que os gases renováveis vão assumir na descarbonização, impulsionando a transição energética sustentável para uma economia de baixo carbono".
No final do ano passado (naquela que foi a última portaria assinada por João Galamba enquanto secretário de Estado da Energia), tinha já sido avançado, depois do aval da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), que este primeiro leilão de hidrogénio e biometano teria lugar no segundo semestre de 2023.
Para licitação estarão 150 GWh/ano de biometano e 120 GWh/ano de hidrogénio verde a concurso, em contratos de 10 anos e a um preço máximo de 62 euros por MWh para o biometano e de 127 euros por MWh para o hidrogénio (válido durante todo o contrato). Estas quantidades podem ser divididas em lotes, em função da capacidade da rede nacional de gás.
O objetivo é criar um mecanismo de apoio à produção de gases de origem renovável ou de gases de baixo teor de carbono, com vista a "alcançar a paridade de custo" entre o biometano e o hidrogénio e e o gás natural.
Para isso, o comercializador de último recurso (CUR) no setor do gás terá como missão comprar estes novos gases descarbonizados aos produtores, por forma a garantir as quotas mínimas de incorporação na rede nacional, sendo depois compensado pelo Fundo Ambiental.
Na prática, as compras e vendas de gases renováveis vão acontecer através de um procedimento concorrencial de leilão eletrónico.
Também os comercializadores de gás, cujo fornecimento a clientes finais seja superior a 2000 GWh por ano, serão obrigados a incorporar, em volume de gás natural fornecido, uma percentagem superior 1% de biometano ou hidrogénio verde.