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Renováveis de fora das poupanças na energia
As poupanças que o Estado quer fazer nas rendas do sector energético vai deixar de fora, desta vez, as renováveis. A Governo anunciou esta sexta-feira um segundo pacote de poupanças no sector que pode atingir os 1.400 milhões de euros, e que com as restantes medidas apresentadas no âmbito da sétima avaliação da troika levam o Executivo a projectar um corte de mais de três mil milhões de euros.
Mas desta vez as renováveis ficaram de fora desta contribuição. Porquê? “As energias renováveis já receberam um corte significativo na sétima avaliação, na casa dos 150 milhões de euros nas eólicas, e às mini-hídricas foi-lhes antecipado o período de remuneração em dez anos, de 35 anos para 25 anos”, começou por explicar o ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e da Energia, Jorge Moreira da Silva. Na sua opinião, não se justificava agora que este segmento fosse novamente chamado a colaborar.
O governante acrescentou ainda um outro conjunto de razões para esta especificidade. “As renováveis que estão a ser licenciadas com legislação posterior a 2005, já têm uma remuneração que é das mais baixas da Europa, sete euros por Mw/h”, explicou Moreira da Silva.
O ministro disse ainda que as renováveis têm uma série de externalidades positivas, do ponto de vista industrial e ambiental. E que a política europeia, porque “não há almoços grátis”, obriga a que aposta neste tipo de energia se mantenha para o país cumprir as metas a que se propôs até 2020.