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REN não recusa pagar contribuição extraordinária (correcção)

A empresa pagou a taxa em 2014 mas vai avançar com a contestação da mesma, revela Gonçalo Soares, administrador da REN.

Miguel Baltazar
Negócios 18 de Maio de 2015 às 09:23
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"A REN decidiu pagar esta taxa e contestar. É isso que vamos fazer". É assim que Gonçalo Soares, administrador da Redes Energéticas Nacionais (REN), revela em entrevista ao Diário Económico que a REN pagou a Contribuição Extraordinária sobre o Sector Energético (CESE) apesar de decidir contestá-la em tribunal.

 

Em 2014 a REN pagou os 25 milhões de euros de CESE. Em Março deste ano, na sequência da apresentação de resultados, Gonçalo Soares, em entrevista ao Negócios, considerou que a CESE tinha "uma dimensão e uma natureza muito penalizadoras no caso da REN", e admitia que este ano poderia seguir o exemplo da Galp: continuar a contestar e não pagar. "O processo está a seguir o seu percurso normal" afirma agora o administrador financeiro da empresa em entrevista ao Económico.

 

Em Março os responsáveis da REN atribuíram à CESE boa parte da responsabilidade da queda de 7% nos lucros da empresa em 2014 para os 112,8 milhões de euros. Para este ano, sem pagamento à vista – a decisão em tribunal poderá arrastar-se para o ano que vem – os resultados poderão ser afectados positivamente, traduzindo-se também num desempenho melhor que o admitido no plano de negócios para os próximos anos, no qual é considerado o custo com a contribuição.

 

"O plano tem em consideração o impacto da contribuição sobre o sector energético. O Governo comunicou que, em 2015, seria o mesmo valor que no ano passado – 25 milhões de euros – e nos dois anos seguintes, haveria um corte para metade e depois desapareceria. Isso foi o que foi considerado no nosso plano. Depois, logo se verá" afirma Gonçalo Soares na entrevista concedida ao Económico, na qual é acompanhado por João Conceição, outro administrador da empresa.

 

O plano de negócios da REN para 2015-2018 inclui um investimento anual em Portugal que oscilará entre os 175 e os 200 milhões de euros, abaixo da anterior meta de 200 milhões. No período serão investidos 900 milhões na internacionalização da empresa, focada em particular na Europa. A REN promete pagar dividendos de 17,1 cêntimos por acção até 2018.

 

(notícia corrigida às 13h15, pois o Diário Económico corrigiu a citação atribuída ao CFO da REN de "A REN decidiu não pagar esta taxa e contestar" para "A REN decidiu pagar esta taxa e contestar". O Negócios noticiou na versão inicial desta notícia que a REN não iria pagar a taxa energética em 2015, mas na versão alterada da entrevista publicada pelo Diário Económico não é isso que diz o CFO da REN.) 

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