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Reestruturação da Abengoa deve ter luz verde dos credores

O site El Confidencial noticia que o plano para a reestruturação da dívida da empresa espanhola deve ser confirmado esta terça-feira por mais de 75% dos credores. O próximo passo é confirmar a entrada dos novos accionistas e da correspondente administração.

Bloomberg
25 de Outubro de 2016 às 10:56
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O plano de reestruturação da empresa espanhola de energia e engenharia Abengoa deverá ter esta terça-feira, 25 de Outubro, a aprovação da esmagadora maioria dos credores, assegurando assim os 75% de votos necessários para que a implementação da estratégia avance.

Segundo o site El Confidencial, que cita fontes não identificadas próximas do processo, a empresa conseguiu o apoio suficiente para continuar com a reestruturação da dívida de 9 mil milhões de euros e evitar a situação de pré-insolvência.

Só ao final desta terça-feira é que a empresa deverá confirmar ao mercado o nível de adesão dos credores ao plano, mas o El Confidencial avança que 85% dos obrigacionistas (que detêm metade da dívida) concordaram com a estratégia. Também entre os cinco grandes credores financeiros – Santander, CaixaBank, Popular, Bankia e Crédit Agricole, em cujas mãos está o resto da dívida – houve acordo de pelo menos 75% dos detentores.

Os credores tinham até 28 de Outubro (próxima sexta-feira) para confirmar a adesão ao plano apresentado em Agosto e que prevê um perdão de 70% da dívida existente e a injecção de 1.140 milhões de euros (mais 30 milhões a cargo do Crédit Agricole).

Caso a luz verde se confirme esta terça-feira, será convocada uma assembleia-geral extraordinária para executar o plano e aprovar a entrada dos novos investidores, reflectindo também na administração a nova composição accionista.

Os novos accionistas ficarão com 95% do capital, reduzindo a posição dos actuais a apenas 5%. Os 1.140 milhões de euros entrarão na empresa através de uma dezena de fundos: Abrams Capital, The Baupost Group, Canyon Partners, D. E. Shaw, Elliot Management, Oaktree, Vârde, KKR, Centerbridge e Hayfin, além de um outro fundo de reduzida dimensão de que se desconhece o nome, segundo o meio espanhol.

As acções de classe A (as ordinárias) estão a cair 2,30% para 0,51 euros, sendo esta a terceira sessão consecutiva de quedas.

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