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Plano da EDP para Portugal passa por “reduzir exposição” em áreas de menor escala

O presidente executivo da EDP explica a nova estratégia para o mercado nacional. E espera que o Governo acabe com o “clawback “ em breve.

Bruno Simão
09 de Novembro de 2018 às 13:54
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A venda das centrais mini-hídricas em Portugal, anunciada esta sexta-feira, faz parte do plano de optimização do portefólio da EDP. "Estamos a tentar reduzir a nossa exposição em actividades que não têm escala" e, ao mesmo tempo, "obter mais dinheiro para investir onde podemos fazer a diferença", explicou António Mexia, presidente executivo da EDP, durante a conferência telefónica com analistas no âmbito dos resultados dos primeiros nove meses do ano.

O gestor relembrou ainda que já em Julho tinham vendido também a Bioeléctrica por 55 milhões de euros à Altri. E em 2017 também alienaram a Portgás. O foco do grupo tem passado pelas renováveis.

Na conferência telefónica com analistas, António Mexia aproveitou também para deixar alguns recados ao Governo. Além de ter sublinhado que o "peso de Portugal caiu de 19% para 6%" nos lucros da eléctrica "acompanhando o impacto de medidas regulatórias", espera que o Governo  português acompanhe as medidas tomadas na vizinha Espanha e acabe com o clawback - mecanismo de equilíbrio fiscal criado em 2013 para travar ganhos dos produtores portugueses no mercado ibérico de electricidade, obrigando as eléctricas a devolver ao sistema uma parte dos ganhos que resultassem desses desequilíbrios regulatórios em relação a Espanha.

Como o Governo de Espanha decidiu suspender o imposto que criou em 2012 sobre os produtores de electricidade, "não esperamos que o clawback se mantenha. A nossa expectativa é que Portugal siga Espanha. Esperamos que [o clawback] desapareça rapidamente", sublinhou o CEO da eléctrica.

Quanto ao aumento dos custos regulatórios, António Mexia referia-se à devolução por parte da EDP de 285 milhões de euros no âmbito da alegada sobrecompensação no cálculo da disponibilidade das centrais da EDP que operam em regime CMEC. Uma decisão tomada pelo anterior secretário de Estado Jorge Seguro Sanches, entretanto substituído por João Galamba.

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