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Parque eólico da EDP na Escócia avança "a tempo e horas" apesar da pandemia

O parque eólico 'offshore' Moray East, um dos maiores investimentos da EDP no Reino Unido, está a avançar "a tempo e horas" para estar completo este ano, apesar da pandemia covid-19, afirmou esta quinta-feira o presidente executivo, Miguel Stilwell d’Andrade.

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21 de Outubro de 2021 às 17:46
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O projeto começou a produzir energia em junho e hoje foi inaugurado o centro de operações e manutenção, no porto de Fraserburgh, norte da Escócia, estando previsto que entre em pleno funcionamento no final do ano, como estava planeado.

Moray East, que começou a ser construído em 2018, terá 100 turbinas eólicas com uma capacidade instalada de 950 megawatts (MW).

"O facto de termos conseguido entregar o projeto a tempo e horas, apesar da pandemia, deve-se muito ao esforço das equipas", afirmou o responsável à Agência Lusa, elogiando o "trabalho fantástico" porque, "em condições muito difíceis, entregaram a tempo um projeto muito complexo".

"A cadeia de valor não quebrou, houve vários percalços pelo caminho, mas no final do dia foram capazes de encontrar soluções e dar a volta às situações", afirmou.

O centro de operações será responsável pela gestão diária do parque eólico 'offshore' (no mar), nomeadamente pelo controlo da embarcação ‘Alba’, que passa períodos de duas semanas em alto mar com uma tripulação para executar trabalhos de manutenção da infraestrutura.

A infraestrutura vai criar cerca de 100 postos de trabalho locais e na inauguração esteve o ministro da Energia escocês, Michael Matheson, que reiterou o objetivo de a Escócia atingir a neutralidade carbónica em 2045, cinco anos do total do Reino Unido.

"Tal como estivemos no centro da Revolução Industrial, queremos também estar na frente da Revolução Verde", afirmou o governante escocês.

O parque eólico situa-se no estuário de Moray, no Mar do Norte, a 22 quilómetros da costa, cuja área de exploração foi dividida em duas parcelas. A secção Este começou a ser construída primeiro por questões técnicas, em 2018.

Vai produzir eletricidade para responder às necessidades energéticas de 40% da população escocesa, poupando ao mesmo tempo 1,4 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2), comparando com a geração de eletricidade a partir de gás natural.

O contrato de fornecimento fechado em 2017 com o Governo britânico é válido por 15 anos e pressupõe uma tarifa de 57,5 libras (68 euros) por megawatt/hora, menos de metade do custo oferecido por outros parques eólicos no Reino Unido, em geral acima das 140 libras por megawatt/hora.

A secção Oeste, designada por Moray West, encontra-se em construção e vai ter uma capacidade instalada de 850 MW.

O projeto está a ser desenvolvido pela Moray Offshore Windfarm East Ltd (MOWEL), controlada pela Ocean Winds (56,6%), uma 'joint venture' detida a 50/50 pela EDP Renováveis e pelo grupo energético francês Engie.

No capital da MOWEL estão também a Diamond Green Limited (33,4%), uma subsidiária da japonesa Mitsubishi Corp, e grupo estatal chinês China Three Gorges (CTG) detém os restantes 10%.

Segundo a EDP, a Ocean Winds já investiu 3,1 mil milhões de euros nestes dois projetos e planeia injetar mais 2,6 mil milhões de euros em Moray West ao longo dos próximos três a quatro anos.

A EDP Renováveis é uma subsidiária da elétrica portuguesa EDP – Energias de Portugal, da qual a CTG é a maior acionista, com uma participação de 19,03%.

*** A Lusa viajou para a Escócia a convite da EDP ***
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