A Martifer decidiu vender a participação de controlo de 55% que ainda detinha na Martifer Solar, revela o grupo no seu relatório e contas dos primeiros nove meses do ano, indicando que a decisão foi tomada no passado mês de Setembro.

Em Setembro a Martifer passou a classificar o negócio solar como "activo não corrente detido pela venda". "Esta alteração resultou do facto de estar em execução um plano de venda do interesse económico (actualmente de 55%) do grupo Martifer na Martifer Solar", explica o grupo dos irmãos Carlos e Jorge Martins.

A estratégia passou a ser a de "focalizar a actividade do grupo na construção metálica", ou seja, os negócios de estruturas metálicas, fachadas em alumínio e vidro, infra-estruturas para empresas petrolíferas e indústria naval.

A decisão, tomada em Setembro e agora revelada nas contas dos primeiros nove meses do ano, levou a Martifer a classificar o negócio solar como actividade descontinuada, com um prejuízo de 24,6 milhões de euros até Setembro, dos quais 13,4 milhões atribuíveis ao grupo.

A Martifer Solar foi uma das apostas mais fortes do grupo nos últimos anos, tendo permitido à companhia dos irmãos Martins uma internacionalização para dezenas de países, especializando-se na construção de centrais fotovoltaicas "chave na mão".

A Martifer tem, há cerca de uma década, uma fábrica de painéis solares fotovoltaicos em Oliveira de Frades, embora grande parte dos equipamentos que a Martifer Solar usa nas suas instalações pelo mundo fora seja de outros fabricantes.