Notícia
Lucros da REN sobem 15% em 2022 para 112 milhões de euros
A empresa diz, no entanto, que o "crescimento foi atenuado pelo decréscimo dos resultados financeiros e pelo aumento dos impostos (mais 2,2 milhões de euros) e da contribuição extraordinária sobre o setor energético - CESE (mais um milhão de euros) devido a uma maior base de ativos regulada".
A REN - Redes Energéticas Nacionais atingiu em 2022 um resultado líquido de 111,8 milhões de euros, o que representa um aumento de 15% face ao ano anterior, anunciou a empresa em comunicado enviado esta terça-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Os lucros foram atribuídos "à melhoria do desempenho operacional, com um crescimento do EBIT [lucros antes de juros e impostos] de 8,7%, para 238 milhões de euros".
No entanto, diz a REN no mesmo comunicado, "este crescimento foi atenuado pelo decréscimo dos resultados financeiros (menos 1,4 milhões de euros) e pelo aumento dos impostos (mais 2,2 milhões de euros) e da contribuição extraordinária sobre o setor energético - CESE (mais um milhão de euros) devido a uma maior base de ativos regulada".
"A manutenção dos custos com a contribuição extraordinária continua a comprometer os
resultados da REN", frisou a empresa no mesmo comunicado, dando conta que em 2022 pagou 28 milhões de euros de CESE.
Já o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 5,7% face a 2021, atingindo os 487,3 milhões de euros, devido a um aumento das receitas da atividade doméstica em 31,2 milhões de euros (por via da subida da taxa regulada de rentabilidade dos ativos que está indexada às taxas de juro) e também a um um desempenho positivo da atividade no Chile. A atividade internacional rendeu mais 6,1 milhões de euros em 2022.
No Chile, a Transemel obteve no ano passado duas concessões de transmissão de eletricidade, com um
investimento estimado de aproximadamente 47 milhões de euros.
"Apesar dos desafios que o sector da energia enfrenta atualmente, a REN cumpriu com todos os objetivos estipulados no Plano estratégico 2021-2024, destacando-se a performance operacional e financeira", disse a empresa em comunicado.
O investimento total em 2022 caiu 18% para os 201,5 milhões de euros, face aos 247,1 milhões registados em 2021. No entanto, o investimento doméstico aumentou em cerca de 27%, por comparação com a média anual de 2018-2020.
A dívida líquida (excluindo os desvios tarifários) reduziu para 2,5 mil milhões de euros (-3,3% por comparação com 2021) "devido a fluxos de caixa sólidos", refere a REN no mesmo comunicado.
No ano passado, a empresa assinou dois contratos de financiamento com o Banco Europeu de Investimento (BEI), no valor de 450 milhões de euros, com maturidade de 12 anos. Estes fundos irão apoiar o desenvolvimento e modernização da rede de transmissão de eletricidade de Portugal.
Em 2022 a REN registou de facto um aumento na base de ativos regulados (RAB), "embora se tenha registado uma desaceleração do investimento em relação 2021, resultante de atrasos em alguns projetos de linhas de transmissão de eletricidade.
Tendo em conta os resultados de 2022, o Conselho de Administração da REN vai propor, na Assembleia Geral de Acionistas a realizar no dia 27 de abril, o pagamento de um dividendo de 15,4 cêntimos por ação, sendo que 6,4 cêntimos foram pagos em dezembro de 2022 e os restantes 9 cêntimos a ser pagos este ano de 2023.
Dentro dos compromissos com os critérios ESG (ambiental, social e de governance), a REN destacou a redução das emissões de CO2 em 50% até 2030 face a 2019 (-37% em 2022).
Quanto ao consumo de energia elétrica em Portugal com origem renovável, representou em 2022 49,4% do total da oferta (aproximadamente -10,27 pontos percentuais do que em 2021). O consumo de eletricidade aumentou 1,8%.
O consumo de gás natural diminuiu 3,2%, apesar das centrais de ciclo combinado terem sido chamadas para compensar o fim da geração a carvão e a significativa redução de produção hidroelétrica resultante da seca extrema que afetou o país até finais de 2022
A REN informou ainda que níveis de qualidade de serviço mantiveram-se muito elevados, com as perdas no transporte de energia elétrica em linha com o valor do ano anterior. No transporte de gás combinado, a taxa de disponibilidade atingiu os 100%.
Os lucros foram atribuídos "à melhoria do desempenho operacional, com um crescimento do EBIT [lucros antes de juros e impostos] de 8,7%, para 238 milhões de euros".
"A manutenção dos custos com a contribuição extraordinária continua a comprometer os
resultados da REN", frisou a empresa no mesmo comunicado, dando conta que em 2022 pagou 28 milhões de euros de CESE.
Já o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 5,7% face a 2021, atingindo os 487,3 milhões de euros, devido a um aumento das receitas da atividade doméstica em 31,2 milhões de euros (por via da subida da taxa regulada de rentabilidade dos ativos que está indexada às taxas de juro) e também a um um desempenho positivo da atividade no Chile. A atividade internacional rendeu mais 6,1 milhões de euros em 2022.
No Chile, a Transemel obteve no ano passado duas concessões de transmissão de eletricidade, com um
investimento estimado de aproximadamente 47 milhões de euros.
"Apesar dos desafios que o sector da energia enfrenta atualmente, a REN cumpriu com todos os objetivos estipulados no Plano estratégico 2021-2024, destacando-se a performance operacional e financeira", disse a empresa em comunicado.
O investimento total em 2022 caiu 18% para os 201,5 milhões de euros, face aos 247,1 milhões registados em 2021. No entanto, o investimento doméstico aumentou em cerca de 27%, por comparação com a média anual de 2018-2020.
A dívida líquida (excluindo os desvios tarifários) reduziu para 2,5 mil milhões de euros (-3,3% por comparação com 2021) "devido a fluxos de caixa sólidos", refere a REN no mesmo comunicado.
No ano passado, a empresa assinou dois contratos de financiamento com o Banco Europeu de Investimento (BEI), no valor de 450 milhões de euros, com maturidade de 12 anos. Estes fundos irão apoiar o desenvolvimento e modernização da rede de transmissão de eletricidade de Portugal.
Em 2022 a REN registou de facto um aumento na base de ativos regulados (RAB), "embora se tenha registado uma desaceleração do investimento em relação 2021, resultante de atrasos em alguns projetos de linhas de transmissão de eletricidade.
Tendo em conta os resultados de 2022, o Conselho de Administração da REN vai propor, na Assembleia Geral de Acionistas a realizar no dia 27 de abril, o pagamento de um dividendo de 15,4 cêntimos por ação, sendo que 6,4 cêntimos foram pagos em dezembro de 2022 e os restantes 9 cêntimos a ser pagos este ano de 2023.
Dentro dos compromissos com os critérios ESG (ambiental, social e de governance), a REN destacou a redução das emissões de CO2 em 50% até 2030 face a 2019 (-37% em 2022).
Quanto ao consumo de energia elétrica em Portugal com origem renovável, representou em 2022 49,4% do total da oferta (aproximadamente -10,27 pontos percentuais do que em 2021). O consumo de eletricidade aumentou 1,8%.
O consumo de gás natural diminuiu 3,2%, apesar das centrais de ciclo combinado terem sido chamadas para compensar o fim da geração a carvão e a significativa redução de produção hidroelétrica resultante da seca extrema que afetou o país até finais de 2022
A REN informou ainda que níveis de qualidade de serviço mantiveram-se muito elevados, com as perdas no transporte de energia elétrica em linha com o valor do ano anterior. No transporte de gás combinado, a taxa de disponibilidade atingiu os 100%.