A Google vai juntar-se à EDP Renováveis na produção de energia eólica nos Estados Unidos. A tecnológica vai abrir os cordões à bolsa e investir 240 milhões de dólares (211 milhões de euros) no parque eólico de Waverly, localizado no Estado norte-americano do Kansas.

O acordo foi anunciado esta terça-feira, 20 de Outubro, pela EDP Renováveis em comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O projecto vai ter uma capacidade instalada de 199 megawatts (MW) e encontra-se actualmente em fase de construção. A energia produzida por este parque vai ser vendida à rede através de um Contrato de Aquisição de Energia (CAE), que estabelece um preço de venda fixo da electricidade, com a duração de 20 anos.

A companhia liderada por João Manso Neto sublinha que vai encaixar os 240 milhões numa data próxima à entrada em operação do projecto, o que deverá acontecer até ao final deste ano.

A energética sublinha que a "parceria estabelecida com a Google é a maior estrutura de parceria institucional da EDP Renováveis", tendo em conta os "acordos que incluem um único projecto eólico".

Esta parceria vai permitir uma "utilização eficiente dos benefícios fiscais gerados pelo projecto, aumentando a rentabilidade e criação de valor do mesmo".

Mas porque é que uma empresa tecnológica investe em energia? Primeiro, pelos esperados lucros gerados por estas centrais eólicas e solares, pois a Google tem capacidade financeira suficiente para investir e esperar o devido retorno no longo prazo.

Depois, porque muitas vezes a Google investe nestas centrais para depois comprar a electricidade directamente de forma a dar energia a infra-estruturas suas normalmente localizadas na região.

Este tipo de negócios não são novidade para a Google. A companhia já investiu cerca de dois mil milhões de dólares em energia solar e eólica nos últimos anos nos Estados Unidos, segundo a revista Fortune. E nos últimos dois anos, a companhia começou a investir em energia limpa em África, em países como a Àfrica do Sul ou o Quénia.