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Fitch: Défice tarifário português deve descer para 2,3 mil milhões até 2020
A Fitch está optimista também face à redução do défice tarifário de Espanha, que deverá reduzir-se de um pico de 28,8 mil milhões de euros para 15,1 milhões de euros em 2020.
A agência de 'rating' Fitch espera que o défice tarifário português desça para 2,3 mil milhões de euros até 2020, reflectindo as melhorias na economia do país e os efeitos de medidas tomadas durante a troika.
A Fitch está optimista também face à redução do défice tarifário de Espanha, que deverá reduzir-se de um pico de 28,8 mil milhões de euros para 15,1 milhões de euros em 2020.
Segundo a Fitch, o défice remanescente "pode ser eliminado até 2022-2023, sobretudo devido a aumentos de tarifas de acesso à rede de 4,7% e 6,4% entre 2013 e 2017 e à liberalização do mercado, entre outras "medidas de correcção" tomadas entre 2013 e 2017.
O cenário esperado pela agência de notação tem em consideração que as receitas do sistema regulado vão crescer a um ritmo de 2% ao ano a partir de 2019, em linha com as estimativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) português, de 1,8% em 2019 e 1,5% em 2020.
A Fitch considera ainda que os subsídios às renováveis vão continuar estáveis entre os 900 milhões e os 950 milhões de euros por ano no curto prazo e que outros custos ligados ao transporte e à distribuição também vão manter-se estáveis.
A agência assume que não haverá desvios materiais.
Segundo dados da Entidade Reguladora do Sector Energético (ERSE) apresentados no parlamento em Julho, numa audição da presidente do regulador na comissão de inquérito às rendas excessivas de electricidade, a dívida tarifária tem vindo a descer todos os anos, depois de ter atingido um pico de 5.080 milhões de euros em 2015. Este ano, a dívida está em 3.654 milhões de euros.