Notícia
Espanhola Gas Natural contactou maior accionista da EDP
Segundo o jornal Expansión, a viagem do presidente da empresa espanhola à China ocorre numa altura em que se fala de consolidação no sector energético. Em Julho, quando surgiram rumores de fusão, EDP e Gas Natural desmentiram e analistas anteciparam dificuldades.
13 de Setembro de 2017 às 07:53
O presidente da espanhola Gas Natural, Isidro Fainé, manteve contactos recentemente com o maior accionista da EDP, os chineses da China Three Gorges, no âmbito da análise de opções de desenvolvimento futuro da gasista.
Segundo a edição desta quarta-feira, 13 de Setembro do jornal espanhol Expansión, a viagem de Fainé à China aconteceu numa altura em que a empresa estuda diversas alternativas para criar um grande player no sector energético a nível nacional.
Os contactos ocorrem numa altura em que, frisa o periódico, os analistas antevêem o início de um novo processo de consolidação no sector energético europeu. E a probabilidade de a Gas Natural procurar um parceiro a que se aliar aumentou, acrescenta o Expansión, com a entrada do fundo americano GIP no capital da gasista, que comprou 20% há um ano.
Há dois meses, perante rumores que davam conta da aproximação entre a EDP e a Gas Natural com vista a uma possível fusão, ambas negaram a existência de negociações.
Segundo a edição desta quarta-feira, 13 de Setembro do jornal espanhol Expansión, a viagem de Fainé à China aconteceu numa altura em que a empresa estuda diversas alternativas para criar um grande player no sector energético a nível nacional.
Há dois meses, perante rumores que davam conta da aproximação entre a EDP e a Gas Natural com vista a uma possível fusão, ambas negaram a existência de negociações.
Segundo a Reuters, teria havido contactos da Gas Natural Fenosa com a EDP para uma eventual junção de negócios no sector ibérico, uma operação que estaria avaliada em 35 mil milhões de euros e originaria a quarta maior companhia de gás e electricidade na Europa.
Já os analistas acreditam que a fusão, apesar de benéfica para as duas empresas e positiva para os seus accionistas, teria entraves - entre os quais políticos, já que a fusão das duas empresas eliminaria uma grande companhia de um dos dois países, o que poderá levar a "interferências políticas", salientava na altura o BPI (detido pelo Caixa Bank, com ligações ao La Caixa que é o maior accionista da Gas Natural).
Para o Haitong Research, numa nota a que o Negócios teve acesso, notícias desta natureza, apesar de terem sido desmentidas, são "naturalmente positivas para a EDP", na medida em que uma união entre as empresas poderia fazer algum sentido em termos do negócio de geração de electricidade uma vez que são complementares na Península Ibérica.
"Contudo, e isto é um tema chave para nós, não acreditamos que as autoridade portuguesas aceitassem facilmente tal negócio potencial, que provavelmente enfrentará uma oposição política feroz em Portugal," refere a mesma nota, assinada pelo analista Jorge Guimarães.
"Além disso, não é claro para nós de que forma a China Three Gorges estaria disponível para trocar a sua posição na EDP por uma posição na nova companhia fusionada, onde a sua influência seria menor (a menos que aumentasse a sua posição) e onde o negócio hidroeléctrico seria muito menos importante do que é na EDP," finaliza o documento.
Dentro de um mês, a 2 de Outubro, fará 11 anos que correu a notícia de que a EDP estava a abordar, através do seu accionista Estado, a espanhola Gas Natural no sentido de avançarem para uma fusão amigável e criarem uma grande empresa ibérica no valor de 30 mil milhões de dólares.
Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.
(Notícia actualizada às 9:11 com comentários do Haitong Research)
Já os analistas acreditam que a fusão, apesar de benéfica para as duas empresas e positiva para os seus accionistas, teria entraves - entre os quais políticos, já que a fusão das duas empresas eliminaria uma grande companhia de um dos dois países, o que poderá levar a "interferências políticas", salientava na altura o BPI (detido pelo Caixa Bank, com ligações ao La Caixa que é o maior accionista da Gas Natural).
Para o Haitong Research, numa nota a que o Negócios teve acesso, notícias desta natureza, apesar de terem sido desmentidas, são "naturalmente positivas para a EDP", na medida em que uma união entre as empresas poderia fazer algum sentido em termos do negócio de geração de electricidade uma vez que são complementares na Península Ibérica.
"Contudo, e isto é um tema chave para nós, não acreditamos que as autoridade portuguesas aceitassem facilmente tal negócio potencial, que provavelmente enfrentará uma oposição política feroz em Portugal," refere a mesma nota, assinada pelo analista Jorge Guimarães.
"Além disso, não é claro para nós de que forma a China Three Gorges estaria disponível para trocar a sua posição na EDP por uma posição na nova companhia fusionada, onde a sua influência seria menor (a menos que aumentasse a sua posição) e onde o negócio hidroeléctrico seria muito menos importante do que é na EDP," finaliza o documento.
Dentro de um mês, a 2 de Outubro, fará 11 anos que correu a notícia de que a EDP estava a abordar, através do seu accionista Estado, a espanhola Gas Natural no sentido de avançarem para uma fusão amigável e criarem uma grande empresa ibérica no valor de 30 mil milhões de dólares.
Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.
(Notícia actualizada às 9:11 com comentários do Haitong Research)