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Governo diz que eventual fusão entre Gas Natural e EDP é questão dos accionistas
Manuel Caldeira Cabral, com a tutela da energia, retirou do Executivo o ónus sobre uma operação entre as empresas ibéricas. É uma "questão do foro empresarial e dos accionistas".
O Governo não se quer comprometer publicamente com uma eventual operação de concentração que envolva a portuguesa EDP e a espanhola Gas Natural, como noticiado pelo Expansión.
Com a tutela da energia, o ministro da Energia Manuel Caldeira Cabral escusou-se a fazer declarações sobre o tema quando questionado na conferência de imprensa do Conselho de Ministros desta quinta-feira, 14 de Setembro. E retirou do Executivo qualquer responsabilidade.
"Não tenho, de facto, qualquer comentário a acrescentar sobre uma questão do foro empresarial e dos accionistas", disse Caldeira Cabral, depois de a ministra da Presidência, Maria Manuel Leitão Marques, ter afirmado que o assunto não foi objecto da reunião que junta habitualmente os governantes.
Segundo noticiado esta quinta-feira, o presidente da Gas Natural, Isidro Fainé, esteve em Lisboa para falar com o primeiro-ministro António Costa, que não se comprometeu com qualquer apoio ou oposição ao negócio.
Depois desta passagem por Portugal, Fainé viajou para Pequim, como avançado pelo Expansión na quarta-feira, onde se encontrou com a presidência da China Three Gorges, a maior accionista da EDP, para tentar promover a operação que poderá criar a quarta maior companhia de gás e electricidade na Europa e que há anos é falada.