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EDP em máximos de dois anos após notícias sobre fusão com a Gas Natural

O cenário não é novo, mas as notícias sobre conversas entre o presidente da Gas Natural e o maior accionista da EDP, bem como com o primeiro-ministro, intensificam a especulação em torno de uma fusão das duas empresas.

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As acções da EDP fecharam a sessão desta quarta-feira, 13 de Setembro, a subir 0,69% para 3,344 euros, tendo chegado a subir durante a sessão um máximo de 1,66% para 3,376 euros, o que corresponde ao valor mais elevado desde 11 de Setembro de 2015.

 

A negociação das acções da EDP foi acompanhada também por um volume elevado, tendo trocado de mãos mais de 8,7 milhões de títulos, quando a média diária dos últimos seis meses é de 6,7 milhões.

 

A contribuir para esta evolução estão as notícias em torno do alegado interesse da Gas Natural numa fusão com a eléctrica nacional.

 

Já em Julho tinha sido noticiado que a Gas Natural estava interessada neste cenário. As empresas desmentiram a existência de qualquer negociação.

 

Mas esta quarta-feira, 13 de Setembro, o jornal espanhol Expansíon, revelou que o presidente executivo da espanhola esteve na China, onde manteve contactos com o maior accionista da EDP, os chineses da China Three Gorges, no âmbito da análise de opções de desenvolvimento futuro da gasista.

 

Também o Eco revelou hoje que a Gas Natural esteve em Lisboa onde se terá encontrado com o primeiro-ministro, António Costa, com o intuito de o convencer das mais-valias desta fusão. 

Estas notícias estão a aumentar a atractividade das acções da eléctrica nacional. 

Para o Haitong Research, numa nota a que o Negócios teve acesso, notícias desta natureza, apesar de terem sido desmentidas, são "naturalmente positivas para a EDP", na medida em que uma união entre as empresas poderia fazer algum sentido em termos do negócio de geração de electricidade uma vez que são complementares na Península Ibérica.

"Contudo, e isto é um tema chave para nós, não acreditamos que as autoridade portuguesas aceitassem facilmente tal negócio potencial, que provavelmente enfrentará uma oposição política feroz em Portugal," refere a mesma nota, assinada pelo analista Jorge Guimarães.

"Além disso, não é claro para nós de que forma a China Three Gorges estaria disponível para trocar a sua posição na EDP por uma posição na nova companhia fusionada, onde a sua influência seria menor (a menos que aumentasse a sua posição) e onde o negócio hidroeléctrico seria muito menos importante do que é na EDP," finaliza o documento.

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