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Espanhola BNZ assegura 680 milhões para projetos solares em Portugal, Espanha e Itália

Para Portugal a empresa tem planeado um investimento de 450 milhões de euros para construir nove centrais solares nos próximos três a quatro anos.

De acordo com o diretor-geral da BNZ, Luís Selva, em Portugal a empresa está também atenta a projetos renováveis híbridos e com baterias.
D.R.
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A produtora independente de energia espanhola BNZ anunciou esta terça-feira a conclusão do seu primeiro "Total IPP Financing" multinacional, um financiamento total de 680 milhões de euros que inclui um empréstimo verde de 420 milhões - linha de crédito sénior e linhas de crédito auxiliares -, a que somam ainda 260 milhões de investimento através de uma "holding company". 

O acesso a este capital "permitirá à BNZ continuar a desenvolver o seu plano estratégico de crescimento no sul da Europa nos próximos anos", refere a empresa em comunicado, sublinhando os "projetos de energia solar fotovoltaica em Portugal, Espanha e Itália". Além disso, este financiamento permitirá também apostar noutros países e avançar para projetos híbridos (com armazenamento de energia em baterias) com várias tecnologias renováveis combinadas. 

A empresa dá conta de que nos últimos meses tem vindo a intensificar os planos de construção de novas centrais, com a entrada em operação dos primeiros projetos em Cádis (sul de Espanha) e também os primeiros contratos de compra e venda de energia (Power Purchase Agreement).

"No total, a BNZ planeia construir um portefólio de mais de 1,7 GW de energia solar fotovoltaica no sul da Europa até ao final de 2026", refere o mesmo comunicado. 

Em Portugal, a espanhola está já a avançar com a construção de quatro centrais solares no norte do país (de um total de nove previstas), em Armamar (98 MW), Trofa (30 MW) e Vila Nova de Famalicão (68 MW), noticia o Jornal Económico. No comunicado, a empresa não especifica quanto dos 680 milhões assegurados vai investir em cada mercado onde opera. 

Em 2023, Luis Selva, Diretor Geral da BNZ, revelou ao Negócios que está planeado um investimento de 450 milhões de euros em Portugal. "Se conseguirmos construir os nove projetos que temos planeados para Portugal, estamos a falar de um investimento total de 450 milhões de euros. Este é o nosso plano para os próximos três a quatro anos, com vista a desenvolver o portefólio no país", disse. No início do passado mês de setembro a empresa deu conta de que começou a construção do seu primeiro projeto em Portugal: a Central Fotovoltaica de Gemunde, em Vila Nova de Famalicão, que deverá iniciar operação no segundo semestre de 2025, noticiou o ECO.

A BNZ pertence ao fundo Clean Energy III da Nuveen, um dos maiores gestores de investimentos com 1,2 biliões de dólares em ativos sob gestão. Os 680 milhões agora assegurados virão de uma linha de financiamento de um clube de credores compostos pelo Banco Europeu de Investimento (BEI), ABN AMRO, Intesa Sanpaolo, NatWest, SMBC e Bankinter. Já a linha de financiamento "holding company" (Holdco) será concedida por fundos geridos pela Infrastructure Debt e US Diret Lending da Ares Management.

"Esta nova fase, marcada pelo  financiamento de 680 milhões de euros, demonstra a solidez do nosso negócio e a natureza ambiciosa dos nossos planos, abrindo novas oportunidades para explorarmos a diversidade tecnológica e geográfica", disse Luis Selva, Diretor Geral da BNZ. A empresa desenvolve, constrói e opera projetos solares fotovoltaicos, com uma carteira de mais de 1,7 GW de investimentos solares europeus em desenvolvimento em Portugal, Espanha e Itália. 

Recentemente, a empresa deu também conta da atribuição de um empréstimo verde de 166 milhões de euros por parte do Banco Europeu de Investimento para financiar 17 projetos fotovoltaicos espalhados por Portugal, Espanha e Itália. Esta é apenas a primeira fatia de um empréstimo total de 500 milhões de euros, aprovado pelo BEI para a espanhola, que se insere no InvestEU, um programa para mobilizar mais de 372 mil milhões de euros de investimento adicional de fundos do setor público e privado, com o objetivo de apoiar os objetivos para o período entre 2021 a 2027.

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