Notícia
EDP diz que baixo preço de electricidade não permite novos investimentos
O crescimento da energia solar e eólica está a provocar a queda do preço da electricidade por toda a Europa, ameaçando os investimentos no sector.
A queda contínua dos preços da electricidade na Europa está a colocar em risco novos investimentos no sector, alerta um dos principais executivos da EDP.
"A 18 euros por megawatt hora não é possível fazer qualquer tipo de investimento", disse o administrador da EDP António Coutinho, em referência ao preço médio de venda da electricidade quando as renováveis abasteceram Portugal durante quatro dias.
As declarações do responsável tiveram lugar numa conferência sobre energia em Londres, segundo a Bloomberg. E acontecem num momento em que os preços da electricidade na Europa caíram nos últimos cinco anos, estando ao nível mais baixo desde 2007, analisando os preços de energia na Alemanha, que servem de referência para toda a região.
A questão de fundo é que as energias renováveis são intermitentes, isto é, não estão sempre a produzir ou quando a rede precisa. A solar fotovoltaica só produz durante o dia, enquanto a eólica só produz quando o vento sopra, e como não existem soluções de armazenamento a grande escala é preciso ter sempre centrais a produzirem para assegurar as necessidades da rede.
Quando as renováveis não estão a produzir é preciso continuar a assegurar a electricidade, e é aqui que entram as centrais hídricas, e as térmicas, que funcionam a carvão ou a gás.
É por isso que o gestor considera que os decisores políticos devem estar preocupados que o crescimento da energia solar e eólica coloque em causa tanto novos investimentos, como a manutenção das actuais centrais a carvão ou a gás que conseguem produzir electricidade sem estarem dependentes do vento ou do sol.
"As renováveis são vítimas do seu próprio sucesso. Se todas as renováveis estão a produzir a dado momento, e não existirem custos variáveis, então o mercado começa a comportar-se de forma incorrecta. A actual moldura não está a funcionar. É preciso encontrar formas de resolver isto", defendeu António Coutinho.
E foi com o objectivo de garantir o apoio à produção de renováveis que a EDP investiu 200 milhões de euros na última década para requalificar ambientalmente as suas centrais a carvão em Espanha e Portugal, no caso da central de Sines.
A EDP encontra-se actualmente a concluir o seu plano de investimentos para os próximos anos em novas centrais hídricas e eólicas.
Estes investimentos "irão manter a empresa com um portfólio de activos competitivos e na sua maioria constituído por capacidade de produção de eletricidade através de recursos renováveis", destaca uma nota do Caixabi publicada esta terça-feira, 11 de Outubro.
"A 18 euros por megawatt hora não é possível fazer qualquer tipo de investimento", disse o administrador da EDP António Coutinho, em referência ao preço médio de venda da electricidade quando as renováveis abasteceram Portugal durante quatro dias.
A questão de fundo é que as energias renováveis são intermitentes, isto é, não estão sempre a produzir ou quando a rede precisa. A solar fotovoltaica só produz durante o dia, enquanto a eólica só produz quando o vento sopra, e como não existem soluções de armazenamento a grande escala é preciso ter sempre centrais a produzirem para assegurar as necessidades da rede.
Quando as renováveis não estão a produzir é preciso continuar a assegurar a electricidade, e é aqui que entram as centrais hídricas, e as térmicas, que funcionam a carvão ou a gás.
É por isso que o gestor considera que os decisores políticos devem estar preocupados que o crescimento da energia solar e eólica coloque em causa tanto novos investimentos, como a manutenção das actuais centrais a carvão ou a gás que conseguem produzir electricidade sem estarem dependentes do vento ou do sol.
"As renováveis são vítimas do seu próprio sucesso. Se todas as renováveis estão a produzir a dado momento, e não existirem custos variáveis, então o mercado começa a comportar-se de forma incorrecta. A actual moldura não está a funcionar. É preciso encontrar formas de resolver isto", defendeu António Coutinho.
E foi com o objectivo de garantir o apoio à produção de renováveis que a EDP investiu 200 milhões de euros na última década para requalificar ambientalmente as suas centrais a carvão em Espanha e Portugal, no caso da central de Sines.
A EDP encontra-se actualmente a concluir o seu plano de investimentos para os próximos anos em novas centrais hídricas e eólicas.
Estes investimentos "irão manter a empresa com um portfólio de activos competitivos e na sua maioria constituído por capacidade de produção de eletricidade através de recursos renováveis", destaca uma nota do Caixabi publicada esta terça-feira, 11 de Outubro.