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EDP admite que tem "obrigação" de olhar para os activos da E.ON em Espanha

António Mexia diz que só se a empresa andasse distraída ou estivesse morta não olharia para os activos que a E.ON pôs à venda, mas garante que não fará uma proposta se isso puser em causa o plano para 2017.

15º António Mexia, EDP - Energias de Portugal (Entrada Directa)
Bloomberg
01 de Agosto de 2014 às 16:03
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O presidente executivo da EDP, António Mexia, admitiu que o grupo está a ponderar uma eventual proposta de aquisição dos activos da alemã E.ON em Espanha, mas garante que a EDP só entrará na corrida se isso não colocar em causa os compromissos de disciplina financeira traçados no plano de negócios até 2017.

 

"É óbvio que temos a obrigação de olhar para esses activos. Faz sentido, dada a proximidade geográfica e a nossa presença em Espanha. Se não o fizéssemos ou estávamos distraídos… ou mortos", afirmou António Mexia na conferência com analistas desta sexta-feira sobre os resultados da EDP no primeiro semestre.

 

Questionado sobre se a EDP irá apresentar uma oferta pelos activos que a E.ON pôs à venda em Espanha, e como iria a eléctrica portuguesa financiar essa aquisição, o CEO da EDP mostrou-se algo céptico sobre esta hipótese. "Faz sentido olhar para isso, mas, a menos que o negócio não provoque mudanças no perfil de risco e no plano de negócios, não o faremos", referiu António Mexia.

 

A alemã E.ON decidiu alienar os seus activos em Espanha, tendo já convidado uma série de potenciais investidores, entre os quais a EDP, para apresentarem ofertas de aquisição. Segundo a imprensa espanhola, esses activos, que incluem redes eléctricas e unidades de produção, estarão avaliados pela E.ON em cerca de 3 mil milhões de euros.

 

Na conferência sobre os resultados semestrais, os analistas questionaram ainda o presidente da EDP sobre a possibilidade de o grupo criar nos Estados Unidos um veículo para concentrar os seus activos de energias renováveis, no modelo conhecido como "YieldCo" (empresas cotadas com "cash flows" previsíveis e uma distribuição frequente de dividendos).

 

António Mexia rejeitou essa possibilidade. "Vender posições minoritárias faz mais sentido para nós", declarou o gestor da EDP. "Não haverá "YieldCo" nos Estados Unidos. Não faz sentido para nós. Podemos considerar fazê-lo noutros sítios. Mas penso que a excitação em torno disso é exagerada", comentou o presidente da EDP.

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