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EDP Renováveis encerra 2022 com lucros de 671 milhões de euros, 2% acima de 2021

A empresa liderada por Miguel Stilwell d'Andrade justifica o resultado com o aumento de 10% da produção renovável da EDPR, a subida dos preços da energia e a sua estratégia de rotação de ativos.

Contas trimestrais da EDP Renováveis desiludiram analistas e investidores, tal como já tinha acontecido com outras pares na Europa.
Miguel Baltazar
27 de Fevereiro de 2023 às 20:15
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A EDP Renováveis (EDPR) apresentou ao final da tarde desta segunda-feira as suas contas de 2022. No ano passado, a empresa liderada por Miguel Stilwell d'Andrade (na foto) obteve resultados líquidos de 671 milhões de euros, ligeiramente (+2%) acima dos lucros conseguidos no ano anterior.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa - que é a segunda cotada com maior peso na bolsa de Lisboa, atrás da Jerónimo Martins - detalha que os números foram conseguidos devido ao aumento de 10% da produção renovável da EDPR e uma melhoria do preço médio de venda para 65 euros por MWh, especialmente nos mercados europeus.

Para os resultados positivos contou também a estratégia de rotação de ativos da empresa. A venda de cinco parques solares e eólicos em Espanha, Polónia, Itália, Estados Unidos e Brasil - envolvendo 1GW de ativos - resultou em dois mil milhões de euros de proveitos e de 424 milhões de euros de ganhos de capital.

O valor fica abaixo dos 523 milhões conseguidos em 2021, "apesar de que mesmo assim ficou acima do objetivo anual estabelecido no Plano de Negócios de 2021-25 de 300 milhões de euros por ano", indica o comunicado. Excluindo os ganhos com a rotação de ativos, o lucro de 2022 teria sido 57% acima do do ano anterior.

Por outro lado, a EDP Renováveis reconhece que os custos financeiros e operacionais foram mais elevados face a 2021, com maior pressão no custo da dívida e nas despesas com fornecedores e serviços.

Nas contas pesaram os impostos de recuperação na Europa (98 milhões de euroos contabilizados nos resultados, dos quais 63 milhões na Roménia e Polónia ao nível de custos operacionais, e 35 milhões em Itália contabilizados ao nível de impostos), assim como o aumentos de custos com pessoal depois do incremento do número de empregados (impactada significativamente pela aquisição da Sunseap).

A empresa praticamente duplicou o investimento bruto, para 5,1 mil milhões de euros, com mais 2,1 GW de capacidade renovável contratada em 2022 e 4,0 GW em construção, o dobro do ano anterior.

A dívida líquida, por seu lado, aumentou para 4,9 mil milhões de euros no final de 2022, acompanhando o crescimento do investimento em projetos renováveis que vão contribuir para acelerar a transição energética das quatro regiões em que a empresa opera – América do Norte, América do Sul, Ásia Pacífico e Europa.

Ainda assim, em comparação com a posição registada em setembro de 2022, a dívida reduziu-se em 600 milhões de euros.

Notícia atualizada às 20:41.
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