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EDP garante "gestão responsável" das barragens. "Pura e simplesmente não há água"

Sem adiantar o impacto das perdas causadas pela proibição da produção de eletricidade em cinco barragens por causa da seca, o CEO da EDP revelou que houve cerca de dois TWh de produção a menos "por estarmos com pouca chuva".

China Three Gorges detém atualmente 19% do capital da elétrica liderada por Miguel Stilwell d’Andrade.
Miguel Baltazar
17 de Fevereiro de 2022 às 19:28
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A "fraca" produção hídrica em Portugal e Espanha no final do ano passado teve um impacto negativo nas contas da EDP, e vai continuar as marcar os resultados do primeiro trimestre de 2022. 

Questionado sobre o impacto da medida tomada no início de fevereiro pelo Governo, que proibiu a produção de eletricidade em cinco barragens da empresa, o CEO da EDP, Miguel Stilwell preferiu "não quantificar", referindo apenas que "obviamente que tem impacto".

"Quando chegarmos ao fim do primeiro trimestre iremos divulgar as contas e o impacto que isto acabou por ter. Não gostaria de antecipar valores específicos. Houve cerca de 2 TWh de produção a menos por estarmos com pouca chuva", sublinhou, na conferência de apresentação dos resultados de 2021 da energética. 

O responsável rejeitou ainda que a EDP tenha produzido de forma excessiva nas barragens. O administrador financeiro da empresa, Rui Teixeira, corroborou a "gestão prudente do recurso hídrico em Portugal". 

"Operámos as centrais dentro dos parâmetros normais. Temos feito uma gestão responsável, articulada com as autoridades, dentro das quotas normais de funcionamento das centrais. Isto é um problema de todos. Em janeiro choveu um terço do que tipicamente chove e em fevereiro choveu um quinto. Pura e simplesmente não há água. Operamos as centrais dentro das quotas previstas nos contratos de concessão e articulados com as autoridades. Estamos aqui para fazer parte da solução", notou Miguel Stilwell. 

"Somos bons cidadãos e uma empresa responsável", continuou, recusando que tenha havido "exagero" nas medidas tomadas pelo Governo.

O CEO descartou ainda que a empresa esteja a ponderar pedir compensações devido à paragem na produção. "Não temos nenhuma razão para entrar nessa discussão", aferiu. 
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