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Eletricidade produzida pela EDP cai 9% nos primeiros três meses

O grupo EDP produziu menos 9% de eletricidade no primeiro trimestre deste ano, sendo que 85% da eletricidade gerada proveio de energias renováveis.

Miguel Stilwell de Andrade acumula a liderança da EDP e da EDP Renováveis.
Ricardo Almeida
15 de Abril de 2021 às 20:35
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O grupo EDP produziu 16,6 TWh (terawatts-hora) de eletricidade entre janeiro e março, o que correspondeu a uma queda de 9% face ao período homólogo ao ano passado (18,2 TWh), refere a empresa nos seus dados operacionais previsionais divulgados junto da CMVM.

 

No primeiro trimestre, 85% da eletricidade produzida pelo grupo EDP proveio de energias renováveis. O peso da produção de eletricidade a partir de energias renováveis cresceu 6 pontos percentuais face ao período homólogo, com este aumento a ser principalmente explicado pelo decréscimo da produção a gás (-65% face ao 1T20), e também devido ao aumento de 5% da geração eólica, explica a empresa no relatório.

 

Já a capacidade instalada (EBITDA GW) diminuiu 10% no mesmo período, para 23,9 gigawatts.

 

A março de 2021, as energias renováveis representavam 79% dos 23,9 GW de capacidade instalada. Desde o 1T20, houve um acréscimo de 1,07 GW de capacidade eólica e solar adicionadas ao portefólio, dos quais +247 MW durante este trimestre (+290 MW, incluindo equity MWs eólica offshore).

 

"Outro impacto positivo no aumento da penetração de renováveis no mix energético da EDP foi a redução em 2,02 GW de capacidade instalada em centrais que emitem CO2", refere a empresa.

 

A venda de 2 CCGT em Espanha (0,8GW), o encerramento da central a carvão de Sines (1,2GW) e a venda de 6 centrais hídricas em Portugal (1,7 GW) explicam o decréscimo de 10% na capacidade instalada total.

 

O coeficiente de produtibilidade hídrica, para Portugal, foi 28% superior à disponibilidade média histórica dos recursos e isto resultou num aumento do factor de utilização dos activos hídricos na Ibéria de 31% no 1T20 para 36% no 1T21.

 

"Os factores de utilização eólicos ficaram em linha com os valores do período homólogo, refletindo o impacto negativo nos EUA do vórtice polar e do evento no Ercot [Conselho para a Fiabilidade Elétrica do Texas] em fevereiro, e a recuperação dos recursos eólicos na Europa e Brasil", sublinha a EDP.

 

A electricidade distribuída em Portugal caiu 1,2% nos primeiros três meses de 2021. "Embora se tenha registado um consumo recorde em janeiro no segmento de baixa tensão, o confinamento teve ainda um impacto negativo nos restantes níveis de tensão".

 

Em Espanha, o número de clientes mais do que duplicou no 1T21, refletindo o efeito da compra da Viesgo em dezembro de 2020.

 

No Brasil, a distribuição de electricidade cresceu 4,4% face ao período homólogo, explicado pelas altas temperaturas registadas no período e devido ao aumento de número de clientes.

 

Na comercialização de energia, na Ibéria, o volume de eletricidade vendida baixou 8,6% no 1T21, e o número de clientes caiu 20,5% em termos homólogos.

 

"A acentuada redução no número de clientes em Espanha é principalmente explicada pela alienação, em 2020, da actividade de comercialização B2C, que resulta num maior foco no segmento empresarial", diz a empresa.

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