Notícia
EDP desacelera investimentos até 2026 para 17 mil milhões de euros
Em termos de geografias, o investimento será sobretudo alocado à Europa (45%), América do Norte (33%), Brasil (14%) e resto do mundo (7%).
A EDP anunciou esta sexta-feira que vai desacelerar o ritmo dos seus investimentos entre 2024 e 2026, de acordo com um comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliário. Nestes três anos a elétrica prevê investir 17 mil milhões de euros, dos quais 80% serão em projetos renováveis e 20% em redes, sobretudo no Brasil e na Península Ibérica.
Em termos anuais, trata-se de um investimento médio de 5,7 mil milhões nos próximos três, abaixo dos 6,2 mil milhões por ano previsto no início de 2023. Diz a empresa que o plano até 2026 se encontra "totalmente financiado, com um foco forte em rácios financeiros sólidos".
"Tendo em conta a alteração das condições do mercado nos últimos meses, tornou-se claro que precisamos de um plano atualizado, mais focado na otimização de capital, para acomodar os preços mais baixos da eletricidade e ambiente de taxas de juros mais altas por mais tempo", disse o CEO Miguel Stilwell d'Andrade num 'call' com analistas para apresentação dos resultados relativos ao primeiro trimestre de 2024. O responsável acrescentou ainda que "o aumento nos custos de capital tem afastado muitas empresas" em termos de investimento em renováveis, o que para a EDP representa "menos competição" e coloca a empresa "numa boa posição para conseguir bons preços nos projetos em desenvolvimento".
A empresa explicou ainda que o abrandamento no ritmo de investimento servirá para a empresa se "focar em projetos de topo através de critérios mais seletivos e disciplinados". O objetivo passa por dar prioridade aos investimentos que geram mais retorno para a empresa, em vez de apostar em termos de volume.
Em termos de geografias, o investimento será sobretudo alocado à Europa (45%), América do Norte (33%), Brasil (14%) e resto do mundo (7%).
A empresa quer também continuar a sua estratégia de rotação de ativos, no valor de sete mil milhões de euros entre 2024 e 2026 e ganhos de cerca de 300 mil milhões por ano.
Face ao plano estratégico apresentado pela EDP em março de 2023, o investimento previsto pela empresa nessa altura para o período 2023-2026 situava-se nos 25 mil milhões de euros, o que representava um investimento bruto médio anual de cerca de 6,2 mil milhões de euros.
Esta quinta-feira, o CEO Miguel Stilwell d'Andrade já tinha anunciado que a EDP Renováveis vai também reduzir o seu investimento até 2026 em três mil milhões de euros, para os 12 mil milhões. O travão aplica-se também às metas para a capacidade instalada, sendo esta agora de 3 GW por ano, abaixo dos 4 GW anuais previstos no ano passado. A EDP ??afirma que a tendência de queda nos preços da eletricidade na Europa - desde março de 2023 - forçou a uma revisão dos pressupostos de preços da energia para 2024-2026.
Em termos de lucros líquidos para 2024, as previsões da EDP situam-se nos 900 milhões de euros. Já para 2026, a empresa vê resultados entre 1,2 e 1,3 mil milhões de euros (o que representa um aumento de 10% entre 2022 e 2026). Quanto ao EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), a alétrica prevê 4,5 mil milhões em 2024 e cerca de 5 a 5,1 mil milhões de euros em 2026 (+3% face a 2022). A dívida deverá chegar aos 13,2 mil milhões em 2024 e aumentar para 16 mil milhões em 2026.
A empresa garantiu que vai manter a sua política de dividendos, com um 'target payout' entre 60 e 70%.
O grupo EDP fechou os primeiros três meses de 2024 com lucros de 354 milhões de euros, um aumento de 17% face aos 303 milhões de euros registados no mesmo perído de 2023. De acordo com a empresa, este resultado foi suportado pelo aumento do contributo para os resultados trimestreais das redes de eletricidade no Brasil, após o sucesso da OPA sobre a EDP Brasil, que foi concluída em agosto de 2023.
Neste momento, a EDP está a levar a cabo uma profunda reorganização da estrutura da empresa, que nesta apresentação de resultados frisou que "os esforços de eficiência implementados apoiam as perspectivas de lucros para 2026". "A implementação contínua de uma simplificação da estrutura corporativa irá fomentar sinergias dentro do grupo entre plataformas de negócio e regiões, permitindo à EDP manter os níveis de custos operacionais inalterados até 2026, face aos níveis de 2023", refere a elétrica
"Estamos a avançar com uma reestruturação bastante profunda da EDP, que passa por nos organizarmos de uma forma matricial por várias regiões e plataformas diferentes", revelou o CEO Miguel Stilwell d’Andrade (há menos de um mês) em entrevista ao Negócios. O objetivo passa por uma melhoria da rentabilidade, da eficiência e da agilidade e uma simplificação da estrutura empresarial. "Não estamos a medir os euros, mas pode resultar em ganhos relevantes".
No que diz respeito às regiões, o CEO da elétrica identificou cinco: Ibéria (Portugal e Espanha), Europa, América do Norte (EUA, México e Canadá), América do Sul (Brasil, Colômbia e Chile) e Ásia-Pacífico, que correspondem às principais geografias onde a EDP opera. Já as plataformas são quatro: Gestão de Ativos Renováveis (em 2024 a empresa produziu 87% de energia renovável e este ano vai ultrapassar os 90%); Gestão de Energia (a EDP produz a nível global 60 TWh, que é mais energia do que Portugal consome num ano – 48 TWh); Soluções para Clientes (contas transversais para gigantes como a Google, Microsoft, Amazon, Wallmart, aos quais a elétrica vende energia nos EUA, Europa, Brasil, Singapura); e Redes.
"É uma estrutura matricial e as quatro plataformas são transversais às cinco regiões. Trata-se de um modelo que os nossos pares e as multinacionais utilizam muito e que implica um duplo reporte" disse Stilwell.
Em termos anuais, trata-se de um investimento médio de 5,7 mil milhões nos próximos três, abaixo dos 6,2 mil milhões por ano previsto no início de 2023. Diz a empresa que o plano até 2026 se encontra "totalmente financiado, com um foco forte em rácios financeiros sólidos".
A empresa explicou ainda que o abrandamento no ritmo de investimento servirá para a empresa se "focar em projetos de topo através de critérios mais seletivos e disciplinados". O objetivo passa por dar prioridade aos investimentos que geram mais retorno para a empresa, em vez de apostar em termos de volume.
Em termos de geografias, o investimento será sobretudo alocado à Europa (45%), América do Norte (33%), Brasil (14%) e resto do mundo (7%).
A empresa quer também continuar a sua estratégia de rotação de ativos, no valor de sete mil milhões de euros entre 2024 e 2026 e ganhos de cerca de 300 mil milhões por ano.
Face ao plano estratégico apresentado pela EDP em março de 2023, o investimento previsto pela empresa nessa altura para o período 2023-2026 situava-se nos 25 mil milhões de euros, o que representava um investimento bruto médio anual de cerca de 6,2 mil milhões de euros.
Esta quinta-feira, o CEO Miguel Stilwell d'Andrade já tinha anunciado que a EDP Renováveis vai também reduzir o seu investimento até 2026 em três mil milhões de euros, para os 12 mil milhões. O travão aplica-se também às metas para a capacidade instalada, sendo esta agora de 3 GW por ano, abaixo dos 4 GW anuais previstos no ano passado. A EDP ??afirma que a tendência de queda nos preços da eletricidade na Europa - desde março de 2023 - forçou a uma revisão dos pressupostos de preços da energia para 2024-2026.
Em termos de lucros líquidos para 2024, as previsões da EDP situam-se nos 900 milhões de euros. Já para 2026, a empresa vê resultados entre 1,2 e 1,3 mil milhões de euros (o que representa um aumento de 10% entre 2022 e 2026). Quanto ao EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), a alétrica prevê 4,5 mil milhões em 2024 e cerca de 5 a 5,1 mil milhões de euros em 2026 (+3% face a 2022). A dívida deverá chegar aos 13,2 mil milhões em 2024 e aumentar para 16 mil milhões em 2026.
A empresa garantiu que vai manter a sua política de dividendos, com um 'target payout' entre 60 e 70%.
O grupo EDP fechou os primeiros três meses de 2024 com lucros de 354 milhões de euros, um aumento de 17% face aos 303 milhões de euros registados no mesmo perído de 2023. De acordo com a empresa, este resultado foi suportado pelo aumento do contributo para os resultados trimestreais das redes de eletricidade no Brasil, após o sucesso da OPA sobre a EDP Brasil, que foi concluída em agosto de 2023.
Neste momento, a EDP está a levar a cabo uma profunda reorganização da estrutura da empresa, que nesta apresentação de resultados frisou que "os esforços de eficiência implementados apoiam as perspectivas de lucros para 2026". "A implementação contínua de uma simplificação da estrutura corporativa irá fomentar sinergias dentro do grupo entre plataformas de negócio e regiões, permitindo à EDP manter os níveis de custos operacionais inalterados até 2026, face aos níveis de 2023", refere a elétrica
"Estamos a avançar com uma reestruturação bastante profunda da EDP, que passa por nos organizarmos de uma forma matricial por várias regiões e plataformas diferentes", revelou o CEO Miguel Stilwell d’Andrade (há menos de um mês) em entrevista ao Negócios. O objetivo passa por uma melhoria da rentabilidade, da eficiência e da agilidade e uma simplificação da estrutura empresarial. "Não estamos a medir os euros, mas pode resultar em ganhos relevantes".
No que diz respeito às regiões, o CEO da elétrica identificou cinco: Ibéria (Portugal e Espanha), Europa, América do Norte (EUA, México e Canadá), América do Sul (Brasil, Colômbia e Chile) e Ásia-Pacífico, que correspondem às principais geografias onde a EDP opera. Já as plataformas são quatro: Gestão de Ativos Renováveis (em 2024 a empresa produziu 87% de energia renovável e este ano vai ultrapassar os 90%); Gestão de Energia (a EDP produz a nível global 60 TWh, que é mais energia do que Portugal consome num ano – 48 TWh); Soluções para Clientes (contas transversais para gigantes como a Google, Microsoft, Amazon, Wallmart, aos quais a elétrica vende energia nos EUA, Europa, Brasil, Singapura); e Redes.
"É uma estrutura matricial e as quatro plataformas são transversais às cinco regiões. Trata-se de um modelo que os nossos pares e as multinacionais utilizam muito e que implica um duplo reporte" disse Stilwell.