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EDP quer focar investimento em apenas dois terços dos mercados onde opera

O anúncio foi feito pelo CEO, em entrevista à Bloomberg, que revelou que a elétrica quer focar-se em menos de 20 mercados de crescimento, onde se inclui a Europa, Estados Unidos, América Latina e Ásia-Pacífico.

Paulo Alexandre Coelho / Correio da Manhã
08 de Fevereiro de 2024 às 16:35
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A EDP - uma das principais empresas europeias de desenvolvimento de energia eólica - revelou que vai dar prioridade a menos de 20 mercados em crescimento, ou seja dois terços dos países onde está presente, revelou o CEO da elétrica portuguesa, Miguel Stilwell d’Andrade, numa entrevista à Bloomberg. A EDP está presente em 28 geografias.

O foco irá estar em localizações-chave e de forte crescimento na Europa, Estados Unidos, América do Sul e Ásia-Pacífico, salientou o responsável máximo da empresa.

A decisão acontece numa altura em que as maiores produtoras de energia eólica têm reduzido os planos de expansão devido ao aumento dos custos e persistentes problemas com as cadeias de fornecimento na indústria.

Ao passo que a dinamarquesa Orsted afirmou que estava a reduzir os planos para novos projetos e a Siemens Energy revelou fortes perdas, a EDP mantém o objetivo de investir 25 mil milhões de euros entre 2023 e 2026. Esse investimento vai estar, no entanto, focado em apenas dois terços dos mercados onde a elétrica está presente.

No caso da região da Ásia-Pacífico, o crescimento está focado em Singapura, Austrália e Japão. Geografias que o CEO da EDP considera serem "de baixo risco e de moeda forte".

Em fevereiro de 2022, a empresa, através da sua subsidiária EDP Renováveis, adquiriu uma participação maioritária na Sunseap, a maior companhia de solar distribuído e uma das top quatro companhias de energia solar no Sudeste Asiático por 600 milhões de euros.

Mais recentemente, em janeiro, a EDP Renováveis anunciou que adquiriu a australiana ITP Development (ITPD) com vista a desenvolver projetos de energia eólica, solar e de armazenamento. Em comunicado, a empresa frisava que "o mercado australiano representa um dos maiores potenciais na região Ásia-Pacífico".
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