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EDP aumenta lucros em 17% no primeiro trimestre para 354 milhões

De acordo com a empresa, este resultado foi suportado pelo aumento do contributo das redes de eletricidade no Brasil, após o sucesso da OPA sobre a EDP Brasil, que foi concluída em agosto de 2023.

A energética liderada por Miguel Stilwell d’Andrade é a cotada que vai passar o maior cheque de dividendos. O pagamento começa esta quarta-feira.
Miguel Baltazar
Bárbara Silva barbarasilva@negocios.pt 09 de Maio de 2024 às 18:02
O grupo EDP fechou os primeiros três meses de 2024 com lucros de 354 milhões de euros, informou esta quinta-feira a elétrica em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários(CMVM). Trata-se de um aumento de 17% face aos 303 milhões de euros registados no mesmo perído de 2023. 

De acordo com a empresa, este resultado foi suportado pelo aumento do contributo para os resultados trimestreais das redes de eletricidade no Brasil, após o sucesso da OPA sobre a EDP Brasil, que foi concluída em agosto de 2023.

A 8 de maio a EDP pagou o seu dividendo anual relativo ao exercício de 2023, no montante de €0,195 por ação, um aumento de 2,6%, representando um dividend payout de 63% sobre o resultado líquido de 2023, refere a elétrica.

Neste trimestre, a EDP investiu 1,1 mil milhões de euros em projetos de energia renovável (4,6 GW de capacidade em construção). O reforço de redes de eletricidade em Portugal, Espanha e Brasil representou 97% do investimento total. 

Em termos de EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), este diminuiu 5% nos primeiros três meses do ano para os 1.341 milhões de euros, "refletindo a performance do negócio de geração e comercialização na Península Ibérica, impactado pela menor margem integrada face a um nível elevado no período homólogo.

Por segmento de negócio, O EBITDA da atividade de redes de eletricidade em Portugal, Espanha e Brasil aumentou 24% - face ao período homólogo - para 474 milhões de euros (face a 381 milhões), suportado sobretudo pelo bom desempenho no Brasil, país onde se observou um aumento de 51% graças a ganhos com a rotação de ativos de transmissão de eletricidade.

Já na Península Ibérica, o aumento no EBITDA das redes da EDP (+3%) deveu-se à "subida das receitas reguladas e à eficiência na gestão dos custos operacionais", refere a empresa em comunicado. O segmento eólico e solar subiu apenas 1% face ao período homólogo, "suportado pelos ganhos com transações de rotação de ativos renováveis na América do Norte (58 milhões de euros), mas ao memso tempo mitigado pela diminuição na produção de energia renovável devido a recursos eólicos abaixo da média, assim como a redução do preço médio de venda de energia".

Por seu lado, os custos financeiros líquidos da empresa diminuíram 9% face ao período homólogo para 236 milhões, refletindo a diminuição do custo médio da dívida de 10 pontos-base para os 4,7%. Em março de 2024 a dívida líquida do grupo EDP totalizava 15,9 mil milhões de euros, refletindo a aceleração do investimento em energias renováveis e em redes de eletricidade, bem como o aumento do défice tarifário parcialmente mitigado pelos 538 milhões de encaixe de transações de rotação de ativos.

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