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Produção de eletricidade da EDP recua 1% no primeiro trimeste do ano

A maior quebra, de 95%, foi registada nas centrais alimentadas a carvão. Já a EDP Renováveis, produziu menos 3% de eletricidade, em comparação com o ano passado.

A empresa liderada por Miguel Stilwell de Andrade conseguiu ficar com 88% do capital social da EDP Brasil, após o leilão desta terça-feira.
Paulo Alexandre Coelho
Nos primeiros três meses do ano, a EDP reduziu a produção de eletricidade em 1% para para 17,4 terawatt hora (TWh), em comparação com o período homólogo, de acordo com os dados operacionais previsionais enviados pela energética à  Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Verificou-se uma queda acentuada na produção de energia com base em carvão (-95%) e em gás (-68%), refletindo a venda de 80% de uma central a carvão no Brasil e uma nova parceria na termoelétrica da
Aboño em Espanha. Estes resultados estão "em linha com o compromisso da EDP de ser coal-free até 2025", diz a empresa. Também a produção eólica caíu 6%.

Já a produção de energias renováveis, aumentou 10% para 16,9 TWh, representando, diz a EDP, 97% da produção total de eletricidade. Em concreto, a produção hídrica subiu 37% face aos primeiros três meses de 2023, "acima da média histórica na Península Ibérica".

Na operação de comercialização, o volume de eletricidade vendida na Península Ibérica até março caiu 14% em termos homólogos. O mercado liberalizado recuou 6% e o regulado16%. Em Espanha a quebra foi de 29%.

EDP Renováveis com quebra de 3%


Já a EDP Renováveis, que também enviou os dados operacionais previsionais à CMVM, dá conta de uma quebra da produção de eletricidade de 3% no primeiro trimestre, para 9,9 TWh, "principalmente impactada pela rotação de ativos eólicos durante os últimos 12 meses", pela subida da produção da nova capacidade instalada nos últimos três meses do ano passado e "e pelos recursos renováveis ligeiramente mais baixos" em relação ao primeiro trimestre de 2023.

A produção de eletricidade caiu 54% no Brasil, o que a EDPR justifica com a "desconsolidação da rotação de ativos eólicos" e "manutenção preventiva realizada em projetos que exigiam paralisação periódica das operações em períodos de menor recurso para mitigar perda de receitas", entre outros motivos.

Numa entrevista ao Negócios publicada esta quinta-feira, o CEO Miguel Stilwell antecipa que 2025 e 2026 "serão anos bastante difíceis para a EDP", falando mesmo de um "novo normal" no qual a empresa tem de navegar. Stilwell aponta o dedo às as taxas de juro elevadas e os preços da energia em queda .

EDP e EDP Renováveis apresentam as contas do primeiro trimestre a 9 de maio.


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