Notícia
EDP com lucros de 306 milhões de euros no primeiro trimestre do ano
A recuperação face ao prejuízo no mesmo período de 2022 teve origem na "normalização da produção hidroelétrica em Portugal" no passado inverno, depois de um período de seca extrema que resultou em perdas de 400 milhões.
O grupo EDP fechou os primeiros três meses de 2023 com um resultado líquido de de 306 milhões de euros, informou esta quinta-feira a elétrica em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. Já os lucros atribuíveis aos acionistas foram de 303 milhões, mais 379 milhões face ao resultado negativo de 76 milhões registado há um ano.
De acordo com a empresa trata-se de uma recuperação face ao prejuízo no período homólogo de 2022, mas ao mesmo tempo uma redução de 15% face ao últimos trimestre do ano passado, em que a EDP registou um resultado líquido recorrente de 359 milhões de euros.
Nos últimos três meses, o grande motor face aos prejuízos de há um ano, quando a EDP arrancou 2022 no vermelho, foi a normalização da produção hidroelétrica em Portugal no passado inverno, após um período de seca extrema que resultou em perdas 400 milhões no primeiro trimestre do ano passado.
"No início de maio, as albufeiras da EDP em Portugal mantêm-se a uma quota agregada acima da média histórica para este período do ano", revelou a empresa no mesmo comunicado.
A recuperação da produção hídrica no mercado ibérico também contribuiu para um EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 1.415 milhões no primeiro trimestre (-4% do que no trimestre anterior), o qual foi igualmente suportado "pela performance da EDP Renováveis, que apresentou um crescimento de EBITDA de 14% em termos homólogos, com contribuição positiva de todos os seus quatro hubs regionais: Europa, America do Norte, América do Sul e Ásia Pacífico, assim como a expansão da atividade de redes de eletricidade no Brasil".
De acordo com a EDP, o EBITDA do segmento de Renováveis, Gestão de Energia e Clientes mais do que duplicou face ao ano anterior, tendo em conta a "forte recuperação" da produção hidroelétrica em Portugal e Espanha que aumentou 125% para os 3,5 TWh entre janeiro e março.
Em sentido contrário, verificou-se uma redução dos custos com compras de gás e eletricidade nos mercados grossistas, "o que mais do que compensou a redução em 45% da produção termoelétrica, sobretudo em Espanha".
Tal como já tinha dado conta nos resultados publicados esta quarta-feira, o crescimento do EBITDA da EDP Renováveis foi suportado pelo aumento de 5% da capacidade, crescimento de 11% da produção de energia renovável e subida de 8% do preço médio da energia vendida. Tudo isto impulsionado por novos contratos de venda de energia a longo prazo a preços atualizados, renovação de contratos financeiros de venda de energia e indexação de preços à inflação.
Também no segmento de redes de eletricidade o EBITDA apresentou um crescimento de 5% por via de um aumento subida de 16% doz lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização no Brasil, país onde a EDP expandiu as linhas de transmissão (+39% de quilómetros em operação). Em Portugal, a empresa viu serem atualizadas as receitas reguladas à taxa de inflação e indexada a taxa de remuneração dos ativos no país à taxa de juro de referência de longo prazo.
Quanto ao investimento bruto, atingiu 1,2 mil milhões no primeiro trimestre de 2023, dos quais 98% em energias renováveis e redes de eletricidade. A capacidade de energias renováveis em construção atingiu nste trimestre um recorde de 5 GW (+1 GW face a dezembro de 2022), abrangendo projetos em 15 mercados na Europa, América e Ásia.
Os custos financeiros líquidos aumentaram para os 260 milhões com o custo médio da dívida a crescer para os 4,8%, refletindo a subida geral nas principais moedas. Em março de 2023, a dívida líquida da EDP chegava a um total de 13,1 mil milhões de euros (menos 100 milhões), refletindo a aceleração do investimento em renováveis e redes de eletricidade, e o encaixe dos dois aumentos de capital realizados pela EDP e pela EDP Renováveis.
A 2 de março de 2023, a EDP apresentou o seu plano estratégico para 2023-2026, com um montante de investimento bruto de 25 mil milhões deeuros dos quais cerca de 85% em energias renováveis e 15% em redes de eletricidade.
Nesse momento, a EDP e a EDP Renováveis anunciaram também dois aumentos de capital de mil milhões de euros cada, destinados, no caso da EDP, a financiar a oferta de aquisição sobre os acionistas minoritários da EDP Brasil e, no caso da EDP Renováveis, no reforçode balanço para fazer face ao plano de investimentos 2023-2026 em nova capacidade renovável.
A EDP pagou a 3 de Maio o seu dividendo anual relativo ao exercício de 2022, no montante de 16 cêntimos por ação, em linha com o ano anterior (86% sobre o resultado líquido recorrente de 2022).
Notícia atualizada às 18h45
De acordo com a empresa trata-se de uma recuperação face ao prejuízo no período homólogo de 2022, mas ao mesmo tempo uma redução de 15% face ao últimos trimestre do ano passado, em que a EDP registou um resultado líquido recorrente de 359 milhões de euros.
"No início de maio, as albufeiras da EDP em Portugal mantêm-se a uma quota agregada acima da média histórica para este período do ano", revelou a empresa no mesmo comunicado.
A recuperação da produção hídrica no mercado ibérico também contribuiu para um EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 1.415 milhões no primeiro trimestre (-4% do que no trimestre anterior), o qual foi igualmente suportado "pela performance da EDP Renováveis, que apresentou um crescimento de EBITDA de 14% em termos homólogos, com contribuição positiva de todos os seus quatro hubs regionais: Europa, America do Norte, América do Sul e Ásia Pacífico, assim como a expansão da atividade de redes de eletricidade no Brasil".
De acordo com a EDP, o EBITDA do segmento de Renováveis, Gestão de Energia e Clientes mais do que duplicou face ao ano anterior, tendo em conta a "forte recuperação" da produção hidroelétrica em Portugal e Espanha que aumentou 125% para os 3,5 TWh entre janeiro e março.
Em sentido contrário, verificou-se uma redução dos custos com compras de gás e eletricidade nos mercados grossistas, "o que mais do que compensou a redução em 45% da produção termoelétrica, sobretudo em Espanha".
Tal como já tinha dado conta nos resultados publicados esta quarta-feira, o crescimento do EBITDA da EDP Renováveis foi suportado pelo aumento de 5% da capacidade, crescimento de 11% da produção de energia renovável e subida de 8% do preço médio da energia vendida. Tudo isto impulsionado por novos contratos de venda de energia a longo prazo a preços atualizados, renovação de contratos financeiros de venda de energia e indexação de preços à inflação.
Também no segmento de redes de eletricidade o EBITDA apresentou um crescimento de 5% por via de um aumento subida de 16% doz lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização no Brasil, país onde a EDP expandiu as linhas de transmissão (+39% de quilómetros em operação). Em Portugal, a empresa viu serem atualizadas as receitas reguladas à taxa de inflação e indexada a taxa de remuneração dos ativos no país à taxa de juro de referência de longo prazo.
Quanto ao investimento bruto, atingiu 1,2 mil milhões no primeiro trimestre de 2023, dos quais 98% em energias renováveis e redes de eletricidade. A capacidade de energias renováveis em construção atingiu nste trimestre um recorde de 5 GW (+1 GW face a dezembro de 2022), abrangendo projetos em 15 mercados na Europa, América e Ásia.
Os custos financeiros líquidos aumentaram para os 260 milhões com o custo médio da dívida a crescer para os 4,8%, refletindo a subida geral nas principais moedas. Em março de 2023, a dívida líquida da EDP chegava a um total de 13,1 mil milhões de euros (menos 100 milhões), refletindo a aceleração do investimento em renováveis e redes de eletricidade, e o encaixe dos dois aumentos de capital realizados pela EDP e pela EDP Renováveis.
A 2 de março de 2023, a EDP apresentou o seu plano estratégico para 2023-2026, com um montante de investimento bruto de 25 mil milhões deeuros dos quais cerca de 85% em energias renováveis e 15% em redes de eletricidade.
Nesse momento, a EDP e a EDP Renováveis anunciaram também dois aumentos de capital de mil milhões de euros cada, destinados, no caso da EDP, a financiar a oferta de aquisição sobre os acionistas minoritários da EDP Brasil e, no caso da EDP Renováveis, no reforçode balanço para fazer face ao plano de investimentos 2023-2026 em nova capacidade renovável.
A EDP pagou a 3 de Maio o seu dividendo anual relativo ao exercício de 2022, no montante de 16 cêntimos por ação, em linha com o ano anterior (86% sobre o resultado líquido recorrente de 2022).
Notícia atualizada às 18h45