Notícia
EDP à procura de novo parceiro para eólico offshore nos EUA depois da saída da Shell
"Agora pretendemos encontrar outro parceiro para substituir a Shell", confirmou o CEO da EDP, Stilwell d’Andrade. "Acho que poderemos anunciar algo num prazo relativamente curto. Já estamos em negociações avançadas".
A Ocean Winds, joint-venture criada pela portuguesa EDP e a francesa Engie para projetos de energia eólica offshore, vai voltar a participar num leilão nos Estados Unidos e apresentará "provavelmente na próxima semana" a sua proposta para construir um parque eólico com uma capacidade de 2,4 GW ao largo da costa do estado de em Massachusetts, disse o CEO da EDP, Miguel Stilwell d’Andrade, em entrevista à Bloomberg durante a conferência anual sobre energia CERAWeek, organizada pela S&P Global em Houston.
Na quarta-feira, a petrolífera britânica Shell tinha já anunciado a venda da sua sua participação de 50% na "joint venture" SouthCoast Wind à Ocean Winds. Até agora o projeto criado em 2018 era detido em partes iguais pela subsidiária Shell New Energies e pela Ocean Winds, que não revelaram o valor do negócio.
"Agora pretendemos encontrar outro parceiro para substituir a Shell", confirmou Stilwell d’Andrade na mesma entrevista. "Acho que poderemos anunciar algo num prazo relativamente curto. Já estamos em negociações avançadas". A Ocean Winds procura agora um novo parceiro disposto a "comprometer-se a médio e longo prazo", acrescentou o CEO. Isto deverá acontecer antes da decisão final de investimento para o projeto SouthCoast Wind.
Antes disso, Grzegorz Gorski, diretor de operações da Ocean Winds, já tinha dito: "Reconhecemos a decisão da Shell e queremos agradecer-lhes pelo trabalho conjunto desde o início do projeto SouthCoast Wind". Por seu lado, o CEO da Ocean Winds na América do Norte, Michael Brown, reafirmou que a empresa está "focada no processo conjunto para a energia eólica offshore que está a ser desenvolvido pelos estados do Connecticut, Rhode Island e Massachusetts, e na conclusão do licenciamento e desenvolvimento de projetos de energia limpa".
Agora totalmente nas mãos da EDP, a SouthCoast Wind (anteriormente conhecida como Mayflower Wind) está a desenvolver um projeto eólico offshore com potencial para fornecer 2,4 GW de energia limpa aos consumidores de eletricidade da região americana de New England. O futuro parque com turbinas eólicas no mar ficará localizada 48 km a sul de Martha’s Vineyard e Nantucket, com previsão de instalar até 147 turbinas eólicas offshore.
Até ao momento, a "joint-venture" desenvolveu já dois projetos: o Mayflower Wind, de 405 MW, e o Mayflower Wind 2, de 804 MW, que foram fundidos num único projeto em 2022 e em 2023 passaram a designar-se SouthCoast Wind. Juntos representarão os primeiros 1,2 GW do total de 2,4 GW.
A decisão da Shel em vender a sua participação surge num contexto de "condições de negócios desafiantes para os projetos eólicos offshore nos EUA", tendo em conta os problemas na cadeia de abastecimento e o aumento da inflação, que contribuíram para a desaceleração do mercado em 2023. No ano passado, também a gigante eólica dinamarquesa Ørsted decidiu cancelar o desenvolvimento dos projetos Ocean Wind 1 e Ocean Wind 2 na costa de Nova Jersey. Já no início de 2024, a Equinor e a BP rescindiram um acordo para fornecer energia ao estado de Nova Iorque com base no projeto para o parque eólico offshore Empire Wind 2, com 1.260 MW.
"Em linha com a nossa estratégia "Powering Progress", a Shell continua a otimizar o portfólio de projetos de geração renovável em mercados-chave onde temos uma posição vantajosa", disse Glenn Wright, vice-presidente da Shell Energy Americas, acrecsentando: "Somos gratos à Ocean Winds pelos anos de parceria".
A Shell mantém, no entanto, a sua presença no setor eólico offshore dos EUA através da parceria com a francesa ED no projeto Atlantic Shores, na costa de Nova Jersey e Nova Iorque.
Em 2019, quando a EDP e a Engie criaram a Ocean Winds, a empresa tinha um pipeline de projetos na ordem dos 1,5 GW em construção e 4 GW em desenvolvimento. Neste momento, a meta passa por atingir 5 a 7 GW de projetos em operação ou fase de construção, em 2025, estando 5 a 10 GW já em desenvolvimento avançado. Atualmente, a capacidade eólica offshore da Ocean Winds já em operação, construção ou com direitos de desenvolvimento avançado concedidos atingiu cerca de 17 GW.
Nos Estados Unidos, a Ocean Winds está neste momento a desenvolver mais dois projetos eólicos offshore, além do SouthCoast Wind. Trata-se do Bluepoint Wind, um projeto na costa de Nova Iorque e Nova Jersey (1.700 megawatts), e do Golden State Wind, um projeto eólico offshore flutuante na costa central da Califórnia que tem potencial para produzir 2.000 megawatts.
Na quarta-feira, a petrolífera britânica Shell tinha já anunciado a venda da sua sua participação de 50% na "joint venture" SouthCoast Wind à Ocean Winds. Até agora o projeto criado em 2018 era detido em partes iguais pela subsidiária Shell New Energies e pela Ocean Winds, que não revelaram o valor do negócio.
Antes disso, Grzegorz Gorski, diretor de operações da Ocean Winds, já tinha dito: "Reconhecemos a decisão da Shell e queremos agradecer-lhes pelo trabalho conjunto desde o início do projeto SouthCoast Wind". Por seu lado, o CEO da Ocean Winds na América do Norte, Michael Brown, reafirmou que a empresa está "focada no processo conjunto para a energia eólica offshore que está a ser desenvolvido pelos estados do Connecticut, Rhode Island e Massachusetts, e na conclusão do licenciamento e desenvolvimento de projetos de energia limpa".
Agora totalmente nas mãos da EDP, a SouthCoast Wind (anteriormente conhecida como Mayflower Wind) está a desenvolver um projeto eólico offshore com potencial para fornecer 2,4 GW de energia limpa aos consumidores de eletricidade da região americana de New England. O futuro parque com turbinas eólicas no mar ficará localizada 48 km a sul de Martha’s Vineyard e Nantucket, com previsão de instalar até 147 turbinas eólicas offshore.
Até ao momento, a "joint-venture" desenvolveu já dois projetos: o Mayflower Wind, de 405 MW, e o Mayflower Wind 2, de 804 MW, que foram fundidos num único projeto em 2022 e em 2023 passaram a designar-se SouthCoast Wind. Juntos representarão os primeiros 1,2 GW do total de 2,4 GW.
A decisão da Shel em vender a sua participação surge num contexto de "condições de negócios desafiantes para os projetos eólicos offshore nos EUA", tendo em conta os problemas na cadeia de abastecimento e o aumento da inflação, que contribuíram para a desaceleração do mercado em 2023. No ano passado, também a gigante eólica dinamarquesa Ørsted decidiu cancelar o desenvolvimento dos projetos Ocean Wind 1 e Ocean Wind 2 na costa de Nova Jersey. Já no início de 2024, a Equinor e a BP rescindiram um acordo para fornecer energia ao estado de Nova Iorque com base no projeto para o parque eólico offshore Empire Wind 2, com 1.260 MW.
"Em linha com a nossa estratégia "Powering Progress", a Shell continua a otimizar o portfólio de projetos de geração renovável em mercados-chave onde temos uma posição vantajosa", disse Glenn Wright, vice-presidente da Shell Energy Americas, acrecsentando: "Somos gratos à Ocean Winds pelos anos de parceria".
A Shell mantém, no entanto, a sua presença no setor eólico offshore dos EUA através da parceria com a francesa ED no projeto Atlantic Shores, na costa de Nova Jersey e Nova Iorque.
Em 2019, quando a EDP e a Engie criaram a Ocean Winds, a empresa tinha um pipeline de projetos na ordem dos 1,5 GW em construção e 4 GW em desenvolvimento. Neste momento, a meta passa por atingir 5 a 7 GW de projetos em operação ou fase de construção, em 2025, estando 5 a 10 GW já em desenvolvimento avançado. Atualmente, a capacidade eólica offshore da Ocean Winds já em operação, construção ou com direitos de desenvolvimento avançado concedidos atingiu cerca de 17 GW.
Nos Estados Unidos, a Ocean Winds está neste momento a desenvolver mais dois projetos eólicos offshore, além do SouthCoast Wind. Trata-se do Bluepoint Wind, um projeto na costa de Nova Iorque e Nova Jersey (1.700 megawatts), e do Golden State Wind, um projeto eólico offshore flutuante na costa central da Califórnia que tem potencial para produzir 2.000 megawatts.