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Bruxelas autoriza aquisição de ativos da TrustEnergy em Portugal pela japonesa Marubeni

A Comissão Europeia informou que a Marubeni "tinha controlo conjunto sobre as subsidiárias da Trustenergy" em Portugal e que esta transação "diz respeito principalmente ao setor de produção de eletricidade no país", sem especificar, no entanto, quais os ativos (centrais a gás, parques eólicos, centrais solares e projetos de hidrogénio) que serão comprados.

Em relação à central do Pego, a Elecgás sempre pagou a CESE.
Pedro Brutt Pacheco
05 de Julho de 2024 às 09:29
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A Comissão Europeia anunciou esta semana a aprovação, ao abrigo do Regulamento da União Europeia sobre Fusões, da aquisição à francesa Engie do controlo exclusivo de "certas partes da TrustEnergy pela Marubeni Corporation do Japão". Desde 2013, Engie e Marubeni estavam unidas em Portugal numa 'joint venture' - a Trustenergy - que detinham em partes iguais e que agora se desfaz. 

Na sua decisão, Bruxelas informou que a Marubeni "tinha controlo conjunto sobre as subsidiárias da Trustenergy" em Portugal e que esta transação "diz respeito principalmente ao setor de produção de eletricidade no país", sem especificar, no entanto, quais os ativos (centrais a gás, parques eólicos, centrais solares e projetos de hidrogénio) que serão comprados, mais especificamente. A Trustenergy explora as centrais a gás natural do Pego e Tapada do Outeiro e é o segundo maior produtor de eletricidade a nível nacional.

"A Comissão Europeia concluiu que a operação notificada não suscitaria preocupações em matéria de concorrência, dado que as empresas não exercem atividades nos mesmos mercados ou em mercados verticalmente relacionados, e o impacto limitado na estrutura do mercado. A operação notificada foi examinada no âmbito do procedimento simplificado de exame de concentrações", disse Bruxelas em comunicado. 

Em Portugal há mais de 40 anos, com três unidades de negócio e sete empresas diferentes, a gigante energética franco-belga Engie está neste momento a reestruturar as suas operações no país. A começar pela Trustenergy, a "joint-venture" criada em 2013 entre a francesa e a japonesa Marubeni. 

Segundo avançou o Expresso, Engie e Marubeni decidiram recentemente desfazer a parceria e dividir os ativos entre si, tendo em conta a notificação já recebida pela Direção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia. Contactada pelo Negócios, fonte oficial da Trustenergy disse que "não comenta este assunto".
 
Em Portugal, a Trustenergy tem neste momento uma capacidade de 2,3 gigawatts (GW), mais de 10% da potência instalada em Portugal, explorando as centrais de ciclo combinado alimentadas a gás natural da Tapada do Outeiro (0,99 GW) e do Pego (0,83 GW). Além disso, detém vários parques eólicos com uma capacidade de quase 500 MW. Detinha também uma posição maioritária (56,25%) na central a carvão do Pego, desativada em 2021.

A 10 de junho a Direção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia (a DGComp) recebeu então uma notificação manifestanto a vontade da Marubeni em adquirir alguns dos ativos da Trustenergy. A nota agora divulgada por Bruxelas indica que "a Marubeni e a Engie acordaram terminar a 'joint venture' e dividir os negócios entre si". As subsidiárias a adquirir pela Marubeni incluem, além das centrais eólicas e a gás, projetos em desenvolvimento para a geração de eletricidade de origem solar e para a produção de hidrogénio, de acordo com a DGComp. 
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