Notícia
Bruxelas avança com imposição de preço máximo ao gás russo
Ursula von der Leyen não avançou qual será o teto máximo a impor, mas garantiu que pode ser posto em vigor "muito rapidamente".
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apresentou esta quarta-feira um pacote de cinco medidas energéticas urgentes e de implementação imediata a nível dos Estados-membros para fazer face aos "preços astronómicos de eletricidade" para famílias e empresas que se praticam neste momento em quase todos os países.
A medida mais polémica prevê um preço máximo imposto ao gás importado da Rússia, a partir deste momento. "Temos de cortar os lucros da Rússia, que o Kremlim depois usa para finaciar a guerra", disse Von der Leyen, sublinhando que neste momento apenas 9% do gás recebido pela Europa vem da Rússia. Bruxelas tem vindo a negociar com fornecedores como os EUA, Noruega (que já fornece hoje mais gás à Europa que a própria Rússia), Azerbaijão, Argélia, entre outros.
A responsável da UE não avançou ainda qual será este tecto máximo a impor, mas garantiu que pode ser posto em vigor "muito rapidamente".
A medida estava já a ser estudada por Bruxelas, com Vladimir Putin a ameçar cortar totalmente o abastecimento ao continente caso este preço máximo fosse imposto.
Questionada pelos jornalistas, sobre se a Europa pode sobreviver sem o gás russo, Von der Leyen disse que "já existe uma rede de solidariedade, outros fornecedores, para não sermos chantageados novamente" por Putin.
Além disso, está também a ser pensado um teto máximo para outros produtos, como o GNL, por exemplo. "Está em cima da mesa", rematou.
No entanto, a presidente da Comissão Europeia frisou que "que há outros fatores, além da Rússia, que também estão a afetar os preços da eletricidade", como as alterações climáticas, a seca, uma redução na produção hídrica (menos 26% na UE de menos 46% em Portugal), menos energia nuclear. Daí vêm os preços altos e a enorme volatilidae nos mercados.
"Foi por isso que estabelecemos um pacote com cinco medidas imediatas", anunciou.
A primeira diz respeito à poupança de eletricidade de forma inteligente. "Há uma escassez global de eletricidade, por isso temos de reduzir a sua procura sobretudo nos momentos de pico, em que a eletricidade é mais cara. Temos de achatar a curva e vamos propor uma meta obrigatória aos países para reduzir o uso de energia elétrica nas horas de pico", disse a responsável.
Em segundo lugar, Bruxelas quer propor um limite máximo (de 200 euros por MWh, avança o Financial Times) nos lucros das empresas que produzem eletricidade com menos custos, ou seja, a partir de fontes de energia renováveis.
"Têm baixos custos de produção, preços altos no mercado e lucros enormes que nunca calcularam, que nunca sonharam e que não vão investir. É tempo de os consumidores beneficiarem destes lucros. Vamos propor que que estes lucros inesperados sejam canalizados para os Estados-membros para que possam apoiar as famílias e as empresas vulneráveis", explicou Von der Leyen.
A Comissão Europeia voltou também a sua atenção para os lucros das empresas de combustíveis fósseis (petróleo e gás), que também têm conseguido chegar a lucros massivos e às quais a UE vai propor uma "contribuição solidária". "Todos devem ajudar a ultrapassar esta crise e os países devem investir nos mais vulneráveis e investir em soluções verdes de geração de energia.
Por último, a UE não esqueceu as comercializadoras de energia e diz que devem ser "apoiadas para lidar com a volatilidade dos mercados". Nas palavras de Von der Leyen é uma questão de conseguir assegurar mercados futuros e para isso é preciso liquidez e fundos avultados, que estas empresas não têm.
"Vamos ajudar e dar um apoio de liquidez, vamos tratar que as garantias de Estado possam ser dadas rapidamente", disse a presidente da Comissão Europeia.
A medida mais polémica prevê um preço máximo imposto ao gás importado da Rússia, a partir deste momento. "Temos de cortar os lucros da Rússia, que o Kremlim depois usa para finaciar a guerra", disse Von der Leyen, sublinhando que neste momento apenas 9% do gás recebido pela Europa vem da Rússia. Bruxelas tem vindo a negociar com fornecedores como os EUA, Noruega (que já fornece hoje mais gás à Europa que a própria Rússia), Azerbaijão, Argélia, entre outros.
A medida estava já a ser estudada por Bruxelas, com Vladimir Putin a ameçar cortar totalmente o abastecimento ao continente caso este preço máximo fosse imposto.
Questionada pelos jornalistas, sobre se a Europa pode sobreviver sem o gás russo, Von der Leyen disse que "já existe uma rede de solidariedade, outros fornecedores, para não sermos chantageados novamente" por Putin.
Além disso, está também a ser pensado um teto máximo para outros produtos, como o GNL, por exemplo. "Está em cima da mesa", rematou.
No entanto, a presidente da Comissão Europeia frisou que "que há outros fatores, além da Rússia, que também estão a afetar os preços da eletricidade", como as alterações climáticas, a seca, uma redução na produção hídrica (menos 26% na UE de menos 46% em Portugal), menos energia nuclear. Daí vêm os preços altos e a enorme volatilidae nos mercados.
"Foi por isso que estabelecemos um pacote com cinco medidas imediatas", anunciou.
A primeira diz respeito à poupança de eletricidade de forma inteligente. "Há uma escassez global de eletricidade, por isso temos de reduzir a sua procura sobretudo nos momentos de pico, em que a eletricidade é mais cara. Temos de achatar a curva e vamos propor uma meta obrigatória aos países para reduzir o uso de energia elétrica nas horas de pico", disse a responsável.
Em segundo lugar, Bruxelas quer propor um limite máximo (de 200 euros por MWh, avança o Financial Times) nos lucros das empresas que produzem eletricidade com menos custos, ou seja, a partir de fontes de energia renováveis.
"Têm baixos custos de produção, preços altos no mercado e lucros enormes que nunca calcularam, que nunca sonharam e que não vão investir. É tempo de os consumidores beneficiarem destes lucros. Vamos propor que que estes lucros inesperados sejam canalizados para os Estados-membros para que possam apoiar as famílias e as empresas vulneráveis", explicou Von der Leyen.
A Comissão Europeia voltou também a sua atenção para os lucros das empresas de combustíveis fósseis (petróleo e gás), que também têm conseguido chegar a lucros massivos e às quais a UE vai propor uma "contribuição solidária". "Todos devem ajudar a ultrapassar esta crise e os países devem investir nos mais vulneráveis e investir em soluções verdes de geração de energia.
Por último, a UE não esqueceu as comercializadoras de energia e diz que devem ser "apoiadas para lidar com a volatilidade dos mercados". Nas palavras de Von der Leyen é uma questão de conseguir assegurar mercados futuros e para isso é preciso liquidez e fundos avultados, que estas empresas não têm.
"Vamos ajudar e dar um apoio de liquidez, vamos tratar que as garantias de Estado possam ser dadas rapidamente", disse a presidente da Comissão Europeia.