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Zon Optimus dá principal contributo para quebra de 23% do lucro da Sonaecom

Participação na empresa resultante da fusão deu empurrão para descida do resultado operacional da Sonaecom. Mas o EBITDA dos negócios integralmente detidos pela empresa também resvalou.

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A Sonaecom apresentou uma quebra de 23% do resultado líquido nos primeiros três meses do ano. Os números foram penalizados pela contabilização dos resultados da Zon Optimus. Mas também as contas dos negócios integralmente detidos pela Sonaecom, nomeadamente a tecnológica WeDo e o jornal “Público”, deram um contributo negativo.

 

O lucro da empresa liderada por Ângelo Paupério (na foto) ficou-se nos 7,2 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, uma quebra de 23,2% face aos 9,3 milhões de euros registados no mesmo período de 2013. Os números de 2012 foram recalculados para reflectir a estrutura da Sonaecom que resultou da fusão entre a sua antiga operadora, a Optimus, e a Zon – e permitir a comparação com este ano, revelada ao mercado esta segunda-feira, 12 de Maio, no comunicado de resultados do primeiro trimestre.

 

Em primeiro lugar, o volume de negócios da Sonaecom, cujo principal negócio directo está no segmento Software e Sistemas de Informação, subiu 0,5% para 31,1 milhões de euros. “Este desempenho foi consequência do aumento de 22,4% das vendas de equipamentos, que mais do que compensou a diminuição das receitas de serviço”. Um ritmo que foi superado pelo crescimento de 1,7% dos custos, que se fixaram em 29,7 milhões de euros.

 

O EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) do portefólio da empresa, que inclui os 100% do Software e Sistemas de Informação e o “Público”, resvalou 18,4% para os 1,7 milhões de euros. A margem de EBITDA destes negócios da Sonaecom passou de 6,9% para 5,6%.

 
Sonaecom perto de sair de Bolsa?
A fusão da Zon com a Optimus tirou da fechou um "ciclo da vida da Sonaecom", segundo assinalou a administração no relatório e contas de 2013.
 Após a oferta pública de aquisição de acções sobre os minoritários, a Sonaecom aproximou-se dos 90% do capital social da empresa. A Sonae tem vindo a comprar, no mercado, acções que permitam chegar aos 90%. A fasquia que irá abrir portas ao pedido para retirar a Sonaecom de bolsa, um movimento antecipado pelos analistas desde a fusão. 

 

Contudo, o EBITDA global registou uma quebra de 26,1% para os 6,8 milhões de euros. E este deslize deve-se ao “método de equivalência patrimonial”, um método contabilístico em que se insere, principalmente, a participação de 50% que a Sonaecom tem na Zopt (sociedade que, em parceria com Isabel dos Santos, tem 50,01% da Zon Optimus). Aqui, na linha que inclui os números contabilizados segundo esse método, o EBITDA resvalou 28,5% para 5 milhões de euros. O que ajuda a que o EBITDA global tenha passado de 9,2 milhões de euros, no primeiro trimestre de 2013, para os referidos 6,8 milhões, nos primeiros três meses de 2014. Uma evolução “particularmente afectada pelo contributo da Zopt que, por sua vez, depende do resultado líquido da Zon Optimus”, admite a empresa. A companhia presidida por Miguel Almeida verificou uma redução de 8,2% dos seus lucros para 25,3 milhões.

 

Os resultados financeiros caíram 26,1% para 2,2 milhões de euros. Já o investimento (capex) subiu de 1,1 para 1,6 milhões de euros. A dívida líquida ficou-se nos 157,7 milhões de euros negativos, o que aponta para uma situação de liquidez positiva. No primeiro trimestre do ano passado, o valor era de 248,1 milhões de euros positivos porque incorporava a dívida da então subsidiária Optimus.

 

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