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Sonae SGPS lucra 10 milhões no primeiro trimestre

Grupo conseguiu melhorar prestação operacional, com "forte geração de cash flow" e reduzir a dívida, apesar do efeito de adiamento da celebração da Páscoa para o quarto trimestre ter penalizado a evolução homóloga do retalho alimentar em Portugal.

21.º- Paulo Azevedo 
É uma das maiores subidas do ano, depois de estreitar relações com Isabel dos Santos.
14 de Maio de 2014 às 18:01
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O resultado líquido consolidado pela Sonae SGPS, após interesses minoritários, foi de 10 milhões de euros no primeiro trimestre de 2014, o que compara com um milhão de euros um ano antes, anunciou esta quarta-feira a administração do grupo em comunicado após o fecho do mercado.

 

O resultado directo, descontado do efeito das taxas de rendibilidade dos imóveis da Sonae Sierra, foi de oito milhões de euros, mais seis milhões de euros do que em Março de 2013. As contas apresentadas esta quarta-feira, além de serem o consolidado pela SGPS, são reveladoras essencialmente da evolução do retalho do grupo, alimentar e especializado, uma vez que, individualmente, Sonaecom (12 de Maio) e Sonae Sierra (8 de Maio) apresentaram já os desempenhos relativos ao primeiro trimestre do ano aoo mercado.   

 

Para a administração da "holding" liderada por Paulo Azevedo, a evolução trimestral da SGPS traduz "o crescimento das actividades, o menor nível de amortizações e depreciações e a melhoria registada na actividade financeira líquida, decorrente da forte geração de ‘cash-flow’ e consequente redução sustentada da dívida".

 

No período em análise, o EBITDA, ou resultado antes de juros, impostos, amortização e depreciação, caiu 7%, para 71 milhões de euros, com a margem EBITDA sobre as vendas a passar de 7% para 6,3% (menos 0,7 ponto percentuais). O EBIT, resultados antes de juros e impostos, avançou 22%, para 28 milhões de euros.

 

O grupo voltou a conseguir reduzir a sua dívida, pelo 18º trimestre consecutivo, desta vez em 583 milhões de euros, para 1.504 milhões de euros.

 

A dona dos hipermercados Continente, das marcas de retalho especializado Worten e Zippy, e gestora de "shoppings" como o Colombo (em Lisboa) registou um aumento de 3,8% do volume de negócios, para 1.126 milhões de euros.

 

Adiamento da Páscoa penaliza hipermercados

 

A área de retalho alimentar – concentrada essencialmente em território nacional através da marca de hipermercados e supermercados Continente – foi responsável por 69,89% do volume de negócios consolidado no período.

 

Cresceu 1,7%, para 787 milhões de euros o volume de negócios da Sonae MC, divisão responsável pelo negócio de retalho alimentar, onde também constam os 80 Meu Super que a Sonae já detém, em parceria com empresários em nome individual, em Portugal.

 

No comunicado, o grupo destaca que, "até ao período imediatamente a seguir à Páscoa", que este ano o calendário ditou que acontecesse no domingo de 20 de Abril, as vendas "aumentaram 3,6%", sem revelar valores. O período da Páscoa, período propício ao aumento do consumo em Portugal, nomeadamente no retalho alimentar, será apenas contabilizado no segundo trimestre, impactando por isso as contas semestrais das cotadas como a Sonae e a Jerónimo Martins.

 

"A maioria dos negócios da Sonae é fortemente condicionada pelo efeito sazonal da Páscoa", reconhece a administração de Paulo Azevedo, "afectando a comparação não só ao nível das vendas mas também ao nível da rentabilidade operacional e do fundo de maneio".

 

Na área internacional, o volume de negócios da Sonae SR cresceu 10% face aos três primeiros meses de 2013, para 291 milhões de euros, com uma melhoria de 15% no mercado internacional e de 8% em Portugal. Em termos "like for like" – ou seja, para o mesmo perímetro comparável de lojas, sem contar com aberturas e encerramentos no período em análise – o crescimento foi de 6%, adianta a Sonae em comunicado. Até à Páscoa, adianta a mesma fonte, as vendas da Sonae SR avançaram 13% em termos homólogos.

 

A direcção da "holding" define estes como "fortes resultados" na Sonae SR, permitidos "em particular" pela "estratégia ‘omnicanal’ na Worten em Espanha, o novo conceito Sport Zone" no mesmo país, o "‘rebranding’ da MO [antiga Modalfa], com uma colecção totalmente renovada, e as melhorias de produtos na Zippy". "Na maioria dos formatos da Sonae SR, tanto no mercado português como no espanhol", houve uma "melhoria" na "quota de mercado".

 

Nos primeiros três meses de 2014, o grupo investiu 28 milhões de euros, mais 37% do que 12 meses antes, com a Sonae MC a inaugurar um Continente Bom Dia em Alvalade (Lisboa) e com a Sonae SR a implementar "novos formatos" na área internacional.

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