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Xiaomi vai investir 10 mil milhões na produção de carros elétricos
A fabricante chinesa de smartphones Xiaomi confirmou esta terça-feira que vai entrar no negócio dos carros elétricos. Prevê investir 10 mil milhões de dólares na próxima década.
A empresa vai criar uma nova divisão, à qual irá alocar um investimento inicial equivalente a 1,3 mil milhões de euros, que será liderada pelo co-fundador da empresa, Lei Jun. "Dispomos de um bolso fundo para este projeto", sublinhou o multimilionário, citado pela Bloomberg, no evento de apresentação do projeto, que decorreu em Pequim. "Tenho plena consciência dos riscos inerentes à indústria automóvel. Também tenho consciência de que este projeto vai demorar entre três a cinco anos, pelo menos, e que vai requerer dezenas de milhões em investimento", afirmou.
Segundo a Bloomberg, a Xiaomi pretende lançar-se no negócio dos veículos elétricos sozinha, sem a participação de investidores externos. Na semana passada, a Reuters avançou que a empresa vai trabalhar em parceria com a fabricante chinesa Great Wall Motors. Sem avançar pormenores, Lel Jun garantiu apenas que esta será "a última startup" da sua carreira.
Em comunicado, a Xiaomi destaca que "espera oferecer veículos elétricos inteligentes de qualidade, que permitam que todas as pessoas do mundo possam aproveitar a vida inteligente em qualquer altura e em qualquer lugar".
A Xiaomi é a terceira maior fabricante de smartphones do mundo e no último trimestre do ano passado foi a marca cujas vendas mais cresceram na China, à frente da Huawei. A entrada no negócio dos carros elétricos surge numa altura em que o apetite por estes veículos aumenta na China, à boleia dos incentivos. Em 2021, deverão ser vendidos 1,9 milhões de carros elétricos no país, o que representa uma subida anual de 51%, segundo previsões da Canalys. O Governo chinês quer que até 2025, um quinto dos carros vendidos no país sejam elétricos.