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Vivo lança OPA sobre quatro subsidiárias (act2)

A Brasilcel, «joint-venture» controlada pela Portugal Telecom e pela Telefónica que opera sobre a marca Vivo, vai lançar, através da Telesp Celular Participações (TCP) ofertas públicas de aquisição sobre quatro subsidiárias no Brasil. Caso tenham sucesso,

25 de Agosto de 2004 às 09:09
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A Brasilcel, «joint-venture» controlada pela Portugal Telecom e pela Telefónica que opera sobre a marca Vivo, vai lançar, através da Telesp Celular Participações (TCP) ofertas públicas de aquisição sobre quatro subsidiárias no Brasil. Caso tenham sucesso, as OPA implicam um investimento de 1,516 mil milhões de reais (423,77 milhões de euros). As ofertas sobre a Tele Sudeste Celular Participações, a Tele Leste Celular Participações, a Celular CRT Participações e a Tele Centro Oeste Celular Participações irão decorrer na primeira semana de Setembro e acarretam um prémio de 20% sobre o preço médio das acções do último mês, anunciou hoje a operadora de telecomunicações portuguesa.

De acordo com a informação esta madrugada veiculada ao mercado, a Brasilcel «tenciona lançar ofertas públicas de aquisição em dinheiro sobre a Tele Sudeste Celular Participações (TSD) (até 7,332 milhões de acções ordinárias e 12,7 milhões de acções preferenciais); a Tele Leste Celular participações (até o máximo de 16,723 milhões de acções ordinárias e 92,499 milhões de acções preferenciais); e sobre a Celular CRT Participações (até ao máximo de 61 milhões de acções ordinárias e 442 milhões de acções preferenciais)».

Em simultâneo, a Telesp Celular Participações (TCP), subsidiária da Brasilcel, «tenciona lançar uma oferta pública voluntária de aquisição em dinheiro sobre o montante máximo de 84,253 milhões de acções preferenciais da Tele Centro Oeste Celular Participações (TCO)».

De acordo com o comunicado da «joint-venture» ibéria de telecomunicações, o número de acções em causa nas OPA agora conhecidas «foi determinado de forma a permitir o aumento da participação da Brasilcel e da TCP nas suas subsidiárias», sem «suprimir a liquidez das referidas acções por classe de acção».

«Um eventual aumento de capital » da TCP será analisado, no caso da ser considerado «recomendável reduzir o seu nível de endividamento», já que a subsidiária da Vivo «tenciona financiar a sua oferta com dívida».

No caso da própria Brasilcel, «a Portugal Telecom e a Telefónica Móviles pretendem financiar, em partes iguais» a companhia «para a execução destas ofertas».

Prémio de 20% para oferta a começar em Setembro

A administração da Brasilcel acrescenta ainda que o preço hoje conhecido pelas acções das subsidiárias corresponde a um «prémio de 20% sobre os respectivos preços médios ponderados de cada uma das classes de acções [ordinárias e preferenciais] dos últimos 30 dias de transacção antes do anúncio das ofertas».

Para lotes sempre de mil acções, a Brasilcel oferece assim 6,35 reais pelas acções ordinárias da TSD e 7,80 reais pelas preferenciais; 0,90 reais pelas acções ordinárias da TBE e 1,10 reais pelas preferenciais; e 575,31 reais pelas acções ordinárias da CRT e 718,69 reais pelas preferenciais. No caso da TCO o valor de cada lote de mil acções preferenciais será pago a 10,70 reais.

No total, o valor que a companhia está disposta a pagar ascende a 1,516 mil milhões de reais, ou seja 423,772 milhões de euros.

As ofertas «deverão ter início na primeira semana de Setembro» e decorrerão por um período de pelo menos 30 dias» após a publicação de toda a documentação formal. A administração da «joint-venture» espera que estas operações «estejam concluídas em meados de Outubro».

A Brasilcel tem como objectivos para estas ofertas o «aumento da participação da Brasilcel nas suas subsidiárias»; uma «oportunidade de realização de ganhos para os accionistas minoritários», e o «reforço do compromisso de Portugal Telecom e da Telefónica Móviles com o mercado móvel brasileiro e com a Vivo».

Metas a atingir são estabelecidas

A Brasil detém actualmente 86,7% da TSD, onde pretende atingir os 91,1%; uma posição minoritária de 27,9% na TBE, onde espera alcançar os 50,6% e uma maioria de 51,5% na CRT, onde tenciona passar para os 67%.

No caso da TCO, onde a TCP detém hoje 28,9%, o que «assumindo uma aceitação total» da oferta, deverá passar para 50,6%, de acordo com as metas hoje estabelecidas pela companhia.

As acções da Portugal Telecom (PT) [ptc] seguiam a recuar 0,12%, para 8,23 euros, enquanto as da Telefónica [tef] valorizavam 0,60%, para 11,72 euros.

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