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Virgin Galactic tem ambição de chegar aos 400 voos espaciais por ano

Após a viagem deste domingo, onde uma equipa atingiu a altura limite entre a Terra e o espaço, a Virgin Galactic já menciona planos e objetivos a atingir no futuro. O CEO da empresa não especifica quando, mas dá conta de planos para chegar aos 400 voos anuais.

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12 de Julho de 2021 às 15:46
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Michael Colglazier assumiu a presidência executiva da Virgin Galactic, a empresa de Richard Branson dedicada à exploração espacial, há um ano. Depois de o multimilionário britânico e a equipa terem realizado um teste bem sucedido este domingo, regressando em segurança à Terra, a empresa já pensa nos próximos passos.

Em entrevista ao Financial Times, Colglazier não detalha uma linha temporal para a empresa de exploração espacial privada, já que admite que os primeiros tempos do negócio vão enfrentar sérios desafios que limitarão a expansão do negócio. "Acho que durante algum tempo este vai ser um negócio muito limitado pelos recursos", explicou ao FT.

O líder da Virgin Galactic indica que a empresa tem a ambição de substituir o atual modelo protótipo de nave no próximo ano, com o objetivo de tornar a manutenção mais acessível e, ao mesmo tempo, permitir trocas mais rápidas entre viagens. A empresa tem ainda planos para acelerar a produção de uma próxima versão da nave espacial.

O objetivo de voos por ano já está traçado. Ao FT, Colglazier detalhou que "em cada spaceport [os espaços de onde partirão estas viagens] existe o objetivo de ter cerca de 400 voos por ano". Ainda assim, o número limitado de naves para assegurar estas viagens dificultará o processo. "Estou à espera de um número alto de um dígito a um número de dois dígitos mais baixo", elucidou o executivo sobre o número de naves espaciais disponíveis em cada um destes espaços para conseguir chegar à meta das 400 viagens por ano.

O teste de domingo deu início a um novo capítulo para a empresa privada de exploração espacial, que já pensa em expandir as operações na primeira base, no Novo México, nos EUA. Foi, aliás, de lá que a nave que levou o multimilionário de 70 anos Richard Branson partiu. A empresa já pensa em "encontrar novos espaços no mundo" para instalar spaceports.

Antes disso acontecer, a empresa tem ainda de assegurar mais dois testes este ano antes de poder sequer pensar em levar passageiros até ao espaço, em 2022.

A empresa anunciou já há algum tempo que tem já 600 reservas de viagens feitas. Com cada lugar nesta viagem a custar entre 200 mil a 250 mil dólares, a Virgin Galactic não tem ideia de quando todas as reservas poderão ser concretizadas. Afinal, a atual nave tem apenas espaço para quatro passageiros e dois pilotos em cada viagem. 

CEO da Virgin Galactic rejeita ideia de disputa entre multimilionários
Richard Branson já tinha anunciado ao mercado que ia ao espaço ainda este verão - mas inicialmente sem concretizar uma data. A 8 de junho, Jeff Bezos, o fundador da Amazon e da empresa de exploração espacial Blue Origin, anunciou os planos para ir ao espaço a 20 de julho - o dia em que se assinala o aniversário da ida à Lua. A 1 de julho, Branson especificava que a viagem aconteceria no dia 11 de julho, nove dias antes da partida de Jeff Bezos. 

Questionado sobre se se tratou ou não de uma disputa entre empresários milionários, Colglazier rejeita que Branson tenha antecipado a viagem só para ultrapassar Bezos. Ao FT, o CEO da Virgin Galactic explicou que a mudança de planos se deveu ao facto de ja não ser necessário ter um segundo teste para testar a experiência do cliente - o papel oficial de Branson nestes testes.

"A história mais apetitosa era aparentemente a de uma corrida ao espaço por parte de dois multimilionários. Mas não era", rematou Colglazier.

Após o teste bem sucedido, a Virgin Galactic valorizou cerca de 841 milhões de dólares antes da abertura do mercado, através da subida de 7% das ações.
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