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Regulador da aviação dá luz verde à Virgin Galactic para levar passageiros ao espaço

A FAA, o regulador da aviação nos Estados Unidos, atualizou a licença concedida à Virgin Galactic, abrindo caminho ao transporte de passageiros em viagens espaciais.

Richard Branson, o dono da companhia aérea Virgin e da Virgin Galactic. Reuters
25 de Junho de 2021 às 13:15
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A Virgin Galactic, que pertence ao multimilionário britânico Richard Branson, recebeu luz verde da FAA, o regulador da aviação no mercado norte-americano, para levar passageiros até ao espaço. Através de comunicado, a Virgin Galactic indica que a "FAA atualizou a licença existente de operador comercial de transporte espacial para permitir levar clientes até ao espaço". A empresa tem esta licença desde 2016, que agora sofre uma atualização.

Esta é também a primeira vez em que a FAA atribui esta licença para transportar passageiros até ao espaço a uma empresa da área da exploração espacial. "Esta é uma validação adicional do programa metódico de testes da companhia, que atingiu todos os critérios de verificação e validação pedidos pela FAA", diz a Virgin Galactic.

A empresa concluiu em maio os 29 pontos de verificação e validação da FAA, na altura em que realizou um novo teste, no dia 22. Os resultados deste teste deixaram a empresa "satisfeita", como é explicado em comunicado.

"A aprovação de hoje por parte da FAA à nossa licença de lançamento comercial, juntamente com o sucesso do teste de 22 de maio, dá-nos confiança de que estamos a avançar para o nosso teste de voo com uma tripulação completa este verão", diz Michael Colglazier, CEO da Virgin Galactic.

O teste de maio foi a terceira ocasião em que a empresa testou a VMS Eve a VSS Unity com tripulação e marcou a primeira vez em que um teste foi feito a partir da Spaceport America, no Novo México. A companhia refere que foi possível confirmar, durante o voo que atingiu uma altitude de cerca de 90 km, ligeiramente acima da mesosfera, os estabilizadores horizontais de nave e também os controlos de voo, que foram alvo de melhorias. A Virgin Galactic afirma ainda que os dados do ambiente dentro da cabine estiveram em linha com as previsões.

A partir da análise destes dados, a companhia indica que vai continuar a preparar-se para o resto da jornada, que inclui ainda três testes de voo. O primeiro teste levará a bordo quatro passageiros, com o objetivo de testar o ambiente na cabine; o segundo terá a bordo o fundador do grupo, Richard Branson; e, no terceiro e último teste, membros da Força Aérea Italiana, que irão fazer treinos para obter o estatuto de astronauta profissional.

Neste momento não é conhecido um calendário para a realização destes testes.

A VSS Unity tem capacidade para seis passageiros, além dos dois pilotos. A Virgin Galactic avançou recentemente que já tem cerca de 600 reservas para futuras viagens, com preços entre os 200 mil a 250 mil dólares por pessoa (entre 168 mil a a 209 mil euros).

Enquanto isso, a concorrência da Virgin Galactic continua ativa. A Blue Origin, criada por Jeff Bezos, tem um voo planeado para dia 20 de julho, onde o patrão da Amazon estará a bordo. A escolha desta data não será inocente, uma vez que é o aniversário dos primeiros passos da Humanidade na Lua, a 20 de julho de 1969.
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