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Trump pondera avançar com ordem executiva para travar compras à Huawei e ZTE
É mais uma tentativa de Trump de afastar a Huawei e a ZTE do mercado dos EUA. Se aplicar a ordem executiva, o presidente pode impedir as empresas norte-americanas de comprarem equipamento às fabricantes chinesas.
O presidente norte-americano está a considerar avançar com uma ordem executiva no ano novo para declarar uma emergência nacional. Isto impediria as empresas norte-americanas de usarem equipamento fabricado pelas chinesas Huawei e ZTE, avançam fontes próximas, citadas pela Reuters.
Se Donald Trump decidir aplicar esta ordem, será mais uma tentativa do governo para afastar a Huawei e a ZTE do mercado norte-americano. Os EUA alegam que as duas empresas trabalham sob o comando do governo chinês e que o seu equipamento pode ser usado para espiar os americanos.
A ordem executiva, que está a ser considerada há mais de oito meses, pode ser aplicada já no início de Janeiro e vai exigir ao Departamento do Comércio dos EUA que impeça as empresas norte-americanas de comprarem equipamento de fabricantes estrangeiras de telecomunicações que representam um risco significativo para a segurança nacional, referem fontes do sector à Reuters.
Apesar de ser pouco provável que a ordem se refira directamente à Huawei ou à ZTE, as mesmas fontes afirmam que os responsáveis devem interpretá-la como uma autorização para limitar a entrada de equipamento fabricado pelas duas empresas. O texto da ordem ainda não está concluído, dizem.
Contactadas pela Reuters, as fabricantes chinesas não responderam ao pedido de comentário. No passado, ambas têm negado as alegações de que os seus produtos são usados para espiar. A Casa Branca também não respondeu.
Na semana passada, numa rara conferência de imprensa, o presidente da Huawei desafiou Washington e outros governos a provarem que a empresa chinesa é uma ameaça à segurança, depois de vários países a terem banido de participar no desenvolvimento de telecomunicações.
A Austrália e a Nova Zelândia baniram as redes 5G da Huawei por motivos de segurança nacional, após os EUA e Taiwan, que mantém restrições mais amplas à empresa, terem adoptado a mesma medida.
Também o Japão, cuja agência para a segurança no ciberespaço classificou a firma chinesa como de "alto risco", baniu as compras à Huawei por parte de departamentos governamentais.