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Trabalhadores da Amazon em 20 países planeiam protestar ou fazer greve na Black Friday

Objetivo das iniciativas de protesto coordenado pela iniciativa "Make Amazon Pay" passa por "responsabilizar a gigante do comércio eletrónico por "abusos laborais, degradação ambiental e ameaças à democracia".

Mike Segar / Reuters
27 de Novembro de 2024 às 07:41
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Trabalhadores da Amazon em mais de 20 países, como Estados Unidos, Reino Unido ou Índia, planeiam levar a cabo ações de protesto ou entrar em greve durante a Black Friday (29 de novembro) e a Cyber Monday (2 de dezembro), dois dos grandes momentos de promoções do ano.

Segundo o The Guardian, manifestações devem ter lugar em grandes cidades em países como Estados Unidos, onde tem o seu quartel-general, Reino Unido, Alemanha, Turquia, Canadá, Índia, Japão ou Brasil.

O movimento é coordenado pela iniciativa "Make Amazon Pay" que insta a empresa fundada por Jeff Bezos, o segundo homem mais rico do mundo, a pagar salários justos e a respeitar o direito dos trabalhadores de se sindicalizarem, assim como a pagar a sua quota-parte de impostos e a comprometer-se com a sustentabilidade ambiental. Liderado pelo UNI Global Union, organização com sede na Suíça, para indústrias de serviços e pelo grupo ativista Progressive International, o "Make Amazon Pay" agrega mais de 80 sindicatos e grupos de combate à pobreza e ligados aos direitos dos trabalhadores do setor têxti, entre outros, explica o jornal britânico.

O objetivo das iniciativas de protesto passa por "responsabilizar a Amazon por abusos laborais, degradação ambiental e ameaças à democracia", indica a NBC, citando os organizadores. "Estamos juntos para exigir que a Amazon trate os seus trabalhadores de forma justa, que respeite os direitos fundamentais, e para que pare de minar sistemas concebidos para nos proteger a todos. O 'Make Amazon Pay' está a tornar-se num ato de resistência global contra o abuso de poder da Amazon", afirmou a secretária-geral da UNI Global Union, Christy Hoffman.

"Estes grupos representam uma variedade de interesses e embora estejamos sempre a ouvir e à procura de formas de melhorar, permanecemos orgulhosos dos salários competitivos, dos benefícios abrangentes e da experiência de trabalho envolvente e segura que oferecemos às nossas equipas", afirmou Eileen Hards, porta-voz da Amazon, em comunicado, também citado pelo canal norte-americano.

Enquanto na capital do Reino Unido se espera que ativistas pela justiça fiscal e outros grupos entreguem uma petição com mais de 110 mil assinaturas à empresa, seguida de uma marcha até ao número 11 de Downing Street, a onde fica a residência do secretário do Tesouro, assim como manifestações em França ou Índia, já em pelo menos seis cidades da Alemanha milhares de trabalhadores dos armazéns planeiam fazer greve, segundo dados de sindicatos e aliados, compilados pelo principal organizador.

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