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Exportação de têxteis e vestuário bate recorde de 12 anos

Há 12 anos que indústria têxtil e do vestuário portuguesa não exportava tanto, com as vendas a subirem para 4.836 milhões de euros em 2015. O objectivo é chegar aos cinco mil milhões este ano.

Paulo Duarte/Negócios
10 de Fevereiro de 2016 às 14:14
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As exportações têxteis e vestuário registaram em 2015 um crescimento de 5% face ao ano anterior, tendo alcançado os 4.836 milhões de euros. Uma "meta bastante optimista que tinha sido projectada para 2015 e que antecipa o objectivo de chegar aos cinco mil milhões de euros já em 2016, quatro anos antes do previsto no Plano Estratégico para o Sector", realça Paulo Vaz, director-geral da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP).

 

Com base nos dados disponibilizados pelo INE, os números revelam que este foi o melhor dos últimos 12 anos para a exportação nesta indústria, com o saldo da balança comercial do sector a ultrapassar os mil milhões de euros.

 

Mais: o Plano Estratégico para o "Cluster Têxtil e Moda 2020", apresentado em 2014, previa chegar ao final da década a exportar cinco mil milhões de euros por ano, o que significaria "voltar ao pico" das vendas ao exterior, registado em 2001, mas agora com quase metade das empresas e dos trabalhadores, que recuaram para 120 mil. Uma meta que deverá ser alcançada já este ano.

 

Por produtos, em 2015 registaram-se crescimentos assinaláveis nas exportações de vestuário (mais 4%, correspondente a um aumento de 103 milhões de euros), de matérias têxteis (com uma taxa de crescimento de 5% e um acréscimo de 64 milhões de euros) e de têxteis-lar e outros artigos têxteis confeccionados (taxa de crescimento de 7% e um acréscimo de 49 milhões de euros).

 

Em termos de matérias-têxteis, o grande destaque vai para o comportamento das exportações de têxteis técnicos, onde se verificou um crescimento de 10%. "O que confirma uma tendência de diversificação industrial no sector, aliás, antecipada já no referido plano estratégico, o qual prognostica, até ao final da década, uma quota de 30% para os têxteis técnicos, no total da produção e exportação da fileira", conclui o presidente da ATP, em comunicado.

 

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