"Já temos uma solução" para os clientes emigrantes que fizeram aplicações em veículos criados para financiar o Grupo Espírito Santo e o Banco Espírito Santo e que, no ano passado, passaram a servir sobretudo para colocar dívida do BES, garantiu Eduardo Stock da Cunha.

O presidente do Novo Banco explicou, na divulgação dos resultados, que a apresentação desta proposta aos clientes tem sido atrasada pelo facto de os veículos em causa estarem sedeados em jurisdições diferentes.

Em causa estão, sobretudo, as sociedades Poupança Plus, EuroAforro e Top Renda, com sede na Ilha de Jersey. Estes veículos foram criados pelo Crédit Suisse e, durante vários anos, serviram para colocar dívida do GES e do BES. Os clientes faziam as suas aplicações através da subscrição de acções preferenciais destes veículos.

"Estamos a desmontar os veículos para termos acesso aos activos subjacentes. É com base nos activos subjacentes [sobretudo dívida do BES, mas também dívida do GES] que a solução vai ser criada", explicou José João Guilherme, administrador do Novo Banco.

Neste momento, falta a aprovação de todos os "stakeholders" envolvidos para que a solução seja apresentada aos clientes. Mas a partir do momento em que os clientes forem contactados, o Novo Banco acredita que, no máximo, no prazo de oito semanas o dinheiro aplicado estará disponível.