Notícia
Somague nega dificuldades financeiras da concessionária do Túnel do Marão
Acção movida pelos privados para pôr termo ao contrato de concessão já está a ser discutida em tribunal arbitral.
A Somague sublinhou esta sexta-feira, em comunicado, que “as alegadas dificuldades financeiras a que a imprensa se tem referido não são da concessionária” do Túnel do Marão, “mas apenas e só do projecto de concessão propriamente dito”. E “por razões que se prendem com decisões dos tribunais portugueses no âmbito da protecção de valores ambientais”, que o privaram “dos financiamentos contratados com a banca”.
No mesmo comunicado, a construtora esclarece que “foi a concessionária liderada pela Somague quem pôs, formalmente, termo ao contrato de concessão, por incumprimentos vários do concedente, que se encontram presentemente a ser dirimidos em Tribunal Arbitral, em acção movida pelas companhias que integram a concessionária”.
O esclarecimento da empresa surge no momento, acrescenta, em que têm “vindo a lume, no contexto do lançamento do concurso para a empreitada de conclusão do Túnel do Marão, notícias que dão conta de que o contrato de concessão foi resolvido pelo Estado e que tal resolução terá por base alegadas dificuldades financeiras da concessionária liderada pela Somague”.
Esta semana, no Parlamento, o presidente da Estradas de Portugal, António Ramalho, disse que a empresa pública está em condições de lançar o concurso para o Túnel do Marão em 15 dias “logo que haja condições financeiras para o efeito”.
De acordo com António Ramalho, a conclusão do Túnel do Marão, concessão que passou para a EP depois da resolução do contrato com a concessionária decidida pelo Estado, “precisa de oito a nove meses de obra”.