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Solar do Louredo. Vinho verde com fundos maduros da emigração

O projecto Solar do Louredo "surgiu a partir do sonho de um empresário português em França" de fazer um vinho que pudesse vender nos "mercados da saudade" e no Norte da Europa, "onde é reconhecida a qualidade do produto e onde ele é pago pelo seu justo valor".

28 de Janeiro de 2014 às 00:48
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É Susana Torres quem fala e conduz os desejos do investidor emigrante, que em 2010 comprou estas quintas na freguesia de Geraz do Lima, no concelho de Viana do Castelo, que somam 60 hectares de vinha.

 

Com 36 anos de vida e 13 de trabalho na área da banca, a directora-geral recordou a experiência profissional passada "naquela fase do facilitismo no acesso ao crédito" para diagnosticar que "a grande maioria do tecido empresarial português ainda acha que tudo cai do céu, do banco ou de um incentivo". O Solar do Louredo, que tem quatro marcas no mercado, arrancou apenas com

Sabemos que conjuntura da banca é difícil, portanto ou há iniciativa própria ou não saímos do sítio.

 

Susana Torres

Directora-geral do Solar do Louredo

capitais próprios. E sem dívida bancária, sintetizou, "tudo o que vê são oportunidades". "Sabemos que a conjuntura da banca é difícil, portanto ou há iniciativa própria e paixão pelo negócio ou não saímos do sítio. Se tivermos ajuda, óptimo; se não tivermos, nós fazemos sozinhos", frisou.

 

Consciente que "não será certamente no mercado português" que irá escoar a produção, é na exportação que esta empresa familiar está focada desde o primeiro litro de vinho. E confiando que o vinho verde "já é conhecido um pouco por todos os mercados" onde deseja vendê-lo, Susana Torres acredita que "esta estratégia é aquela que poderá dar um retorno mais rápido".

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