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Roda Livre. Estafeta montou paixão com bolsos precários

Cansado de "saltar de trabalho em trabalho" – o último foi num "call center" da PT – depois de concluir os estudos em Design de Multimédia, Nuno Silva "montou" uma das grandes paixões da sua vida.

28 de Janeiro de 2014 às 00:42
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A Roda Livre, um serviço de estafeta em bicicleta, promete aos clientes preços competitivos, pelo menos a mesma rapidez e, sobretudo, ser mais amigo do ambiente do que os concorrentes que fazem recolhas e entregas numa mota.

Para construir ele mesmo o seu "trabalho de sonho" precisou de perto de dois mil euros. Já tinha as bicicletas, mas tinha de comprar camisolas, mochilas, telemóveis, criar a "site" ou registar a marca. "Não precisei de recorrer a nenhum crédito, foi dinheiro que fui juntando", relatou o portuense de 27 anos.

Os grandes concorrentes são os estafetas em mota. As vantagens comparativas, enumera, são o facto de fazerem as entregas com a mesma rapidez – "por vezes em hora de ponta até somos

Precisei de perto de dois mil euros para começar este negócio. Foi dinheiro que fui juntando.

 

Nuno Silva

Estafeta em bicicleta

mais rápidos", acrescentou –, praticarem um preço mais baixo e o contributo nulo em partículas poluentes e para o ruído na cidade. Aos proprietários do comércio de rua e alguns ateliers do Porto e Matosinhos, que são os clientes mais regulares, envia mensalmente a contabilização do CO2 evitada com a contratação do serviço.

A Roda Livre arrancou em Maio de 2012 com a ajuda de uma amiga vitrinista, também apaixonada pelas bicicletas. Com uma média de 50 quilómetros diários, começar a pedalar como profissão exigiu a Nuno Silva o reforço da preparação física e umas voltas pela cidade para estudar os percursos.

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