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Canal do Peixe. A ilha aveirense que a banca não temperou

Familiar de proprietários de marinhas, Ana Rita Regala teve a ideia de tentar preservar e revitalizar o salgado aveirense, que em tempos alimentou muitas bocas na região. Em 2007 reuniu cem mil euros e um grupo de amigos para comprar um conjunto de salinas, que formam uma ilha.

28 de Janeiro de 2014 às 00:45
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Produção de sal, exploração da planta salicórnia, aquacultura e turismo são os projectos que o Canal do Peixe está a "extrair" da Ria de Aveiro. "Até agora investimos muito capital para que a coisa funcionasse. Agora sim, vamos receber mais frutos", disse a sócia fundadora, apontando uma "grande vantagem" de que se orgulha: não ter precisado de recorrer à banca para financiar o início da actividade.

Na produção de sal tradicional e certificado quer "criar um novo paradigma" para um produto que

"Temos uma vantagem de que nos orgulhamos: não tivemos de recorrer ao crédito bancário.

 

Ana Rita Regala

Sócia-gerente do Canal do Peixe

nunca foi muito rentável – "não é aquela colheita que se fazia e que dava 50 toneladas ao final do ano". Mas mais do que o próprio sal, o Canal do Peixe procura promover a flor de sal, que é um produto com mais valor comercial. A salicórnia nasce nos muros das marinhas da ria e pode ser utilizada na alimentação – como é apreciado na Holanda ou França – como substituto do sal.

O investimento para a promoção deste "produto nacional, natural e tradicional" tem de ser feito pela própria empresa. Recordando as "muitas licenças" de que precisou para o projecto avançar, a empresária lamentou ainda que "todos os apoios financeiros, os que existem, também passem por processos muito burocráticos e elaborados, o que faz com que as coisas não sejam tão fáceis".

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