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Salário de CEO da Universal Music gera polémica nos Países Baixos
O CEO do Universal Music Group (UMG) está sob fogo na imprensa neerlandesa após o jornal De Volkskrant ter revalado quanto embolsou Lucian Grainge em 2021, ano em que a empresa entrou em bolsa.
18 de Abril de 2022 às 19:46
Depois da polémica em França com os 19,3 milhões de euros recebidos por Carlos Tavares, CEO do gigante automóvel Stellantis, agora é a vez de o CEO do Universal Music Group (UMG) estar sob fogo da opinião pública nos Países Baixos.
O jornal De Volkskrant revelou que Lucian Grainge recebu 274,3 milhões de euros no ano passado, o valor mais elevado de sempre pago a um CEO de uma empresa cotada na bolsa de Amesterdão.
O valor embolsado por Grainge corresponde a 2.079 vezes o salário médio de um empregado do UMG.
O anterior máximo pago a um CEO nos Países Baixos pertencia a Bob van Dijk, da Prosus, que recebeu 38,6 milhões de euros em 2020.
Grainge reside em Los Angeles, apesar da sede do UMG estar localizada em Hilversum, nos Países Baixos. O grupo detém cerca de 30% do mercado mundial de música e fatuoru 8.500 milhões de euros no ano passado, uma subida de 17% face a 2020. O gigante da indústria musical entrou em setembro do ano passado na Bolsa de Amesterdão.
A entrada em bolsa é, aliás, a origem da maior parte da remuneração do CEO, sob a forma de prémios. Só que, ao contrário do que é habitual os prémios não foram pagos em ações mas sim, maioritariamente, em dinheiro.
Dos 274,3 milhões de euros que engordaram a conta bancária de Grainge, 195 milhões de euros provêm do prémio pela entrada em bolsa do grupo, aos quais acrescem 38,4 milhões de euros pelos investimentos no UMG realizados pela chinesa Tencent e pelo fundo norte-americano Pershing Entities. O salário base do CEO foi de
Remuneração alvo de críticas
A Eumedion, uma organização que reúne os investidores institucionais dos Países Baixos, indicou ao De Volkskrant que a remuneração paga a Lucian Grainge é "não-neerlandesa, desproporcional e insultuosamente elevada".
A associação questiona ainda a aceitação social de uma remuneração com estes valores.
O jornal De Volkskrant revelou que Lucian Grainge recebu 274,3 milhões de euros no ano passado, o valor mais elevado de sempre pago a um CEO de uma empresa cotada na bolsa de Amesterdão.
O anterior máximo pago a um CEO nos Países Baixos pertencia a Bob van Dijk, da Prosus, que recebeu 38,6 milhões de euros em 2020.
Grainge reside em Los Angeles, apesar da sede do UMG estar localizada em Hilversum, nos Países Baixos. O grupo detém cerca de 30% do mercado mundial de música e fatuoru 8.500 milhões de euros no ano passado, uma subida de 17% face a 2020. O gigante da indústria musical entrou em setembro do ano passado na Bolsa de Amesterdão.
A entrada em bolsa é, aliás, a origem da maior parte da remuneração do CEO, sob a forma de prémios. Só que, ao contrário do que é habitual os prémios não foram pagos em ações mas sim, maioritariamente, em dinheiro.
Dos 274,3 milhões de euros que engordaram a conta bancária de Grainge, 195 milhões de euros provêm do prémio pela entrada em bolsa do grupo, aos quais acrescem 38,4 milhões de euros pelos investimentos no UMG realizados pela chinesa Tencent e pelo fundo norte-americano Pershing Entities. O salário base do CEO foi de
Remuneração alvo de críticas
A Eumedion, uma organização que reúne os investidores institucionais dos Países Baixos, indicou ao De Volkskrant que a remuneração paga a Lucian Grainge é "não-neerlandesa, desproporcional e insultuosamente elevada".
A associação questiona ainda a aceitação social de uma remuneração com estes valores.
O UMG, por seu turno, refere que os bónus pagos ao CEO devem-se ao facto de o valor do grupo ter passado de 5,5 mil milhões para 50,4 mil milhões de euros.