Notícia
Acionistas da Stellantis chumbam salário "demasiado elevado" de Carlos Tavares
O CEO da Stellantis viu esta quarta-feira os acionistas rejeitarem a proposta para a sua remuneração. A administração não esclareceu se irá alterar a proposta, uma vez que o voto era apenas consultivo.
Os acionistas da Stellantis, gigante automóvel nascida da fusão da PSA com a Fiat Chrysler, rejeitaram esta quarta-feira, em assembleia geral, a proposta de remuneração dos administradores depois de se ter gerado polémica em França com o valor "demasiado elevado" do valor a pagar a Carlos Tavares, CEO da empresa.
A proposta recebeu 52,1% de votos contra e 47,9% de votos a favor, tendo a Stellantis indicado, em comunicado, que "a empresa tomou em conta o feedback resultante do voto consultivo no Relatório de Remunerações, de acordo com o regulamento holandês sobre as AGAA, votado favoravelmente em 47,9% e contra em 52,1% e irá explicar no Relatório de Remunerações de 2022 como esta votação foi levada em conta".
No ano passado, o gestor português recebeu 19,2 milhões de euros, de acordo com o relatório e contas anual, excluindo os incentivos de longo prazo.
Em resposta a uma questão de um acionista, a administração referiu que o valor pago "é consistente com a filosofia de prémio por desempenho e de ser competitiva face aos concorrentes".
A votação ocorre depois de a remuneração ter sido criticada pelo investidor Phitrust e classificada como "não normal" pelo porta-voz do Governo francês Gabriel Attal.
"É esta remuneração extremamente elevada socialmente justificada quando o grupo terá, provavelmente, ter de enfrentar uma reestruturação profunda, com cortes de empregos, por causa da sobrecapacidade produtiva e duplicação após a fusão?", defendeu Phitrust.
Os acionistas aprovaram a distribuição de dividendos no valor de 1,04 euros por ação. A distribuição será efetuada a 29 de abril, entrando as ações em ex-dividendo a 19 de abril.
A proposta recebeu 52,1% de votos contra e 47,9% de votos a favor, tendo a Stellantis indicado, em comunicado, que "a empresa tomou em conta o feedback resultante do voto consultivo no Relatório de Remunerações, de acordo com o regulamento holandês sobre as AGAA, votado favoravelmente em 47,9% e contra em 52,1% e irá explicar no Relatório de Remunerações de 2022 como esta votação foi levada em conta".
Em resposta a uma questão de um acionista, a administração referiu que o valor pago "é consistente com a filosofia de prémio por desempenho e de ser competitiva face aos concorrentes".
A votação ocorre depois de a remuneração ter sido criticada pelo investidor Phitrust e classificada como "não normal" pelo porta-voz do Governo francês Gabriel Attal.
"É esta remuneração extremamente elevada socialmente justificada quando o grupo terá, provavelmente, ter de enfrentar uma reestruturação profunda, com cortes de empregos, por causa da sobrecapacidade produtiva e duplicação após a fusão?", defendeu Phitrust.
Os acionistas aprovaram a distribuição de dividendos no valor de 1,04 euros por ação. A distribuição será efetuada a 29 de abril, entrando as ações em ex-dividendo a 19 de abril.